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Nº 5759
Nacional

L�der do PCC planejou atentado � Bolsa de Valores de S�o Paulo

São Paulo – José Márcio Felício, o Geleião, um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), planejou um atentado à bomba na Bolsa de Valores de São Paulo do interior da cadeia, informou ontem a Polícia Civil de São Paulo. O ataqu

Por | Edição do dia 22/10/2002 - Matéria atualizada em 22/10/2002 às 00h00

São Paulo – José Márcio Felício, o Geleião, um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), planejou um atentado à bomba na Bolsa de Valores de São Paulo do interior da cadeia, informou ontem a Polícia Civil de São Paulo. O ataque seria uma demonstração de força e uma represália contra o regime disciplinar do presídio de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), que conta com bloqueador de celular. A mulher de Geleião, Petronilha Maria de Carvalho Felício, foi presa domingo, depois de visitar o marido. Na manhã de ontem, um carro roubado foi abandonado na Via Anhanguera, região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Ele transportava detonadores e 12 bisnagas com emulsão explosiva, pesando cerca de 30 quilos. Conforme o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado), a mulher de Geleião era a responsável por transmitir “recados” do marido para o Nilson Paula Alcântara dos Reis, conhecido como Faísca, preso em Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), que “contratava” criminosos fora da cadeia para as ações. Bittencourt informou que a polícia tinha informações de que o PCC voltaria a agir. Ao menos três ações atribuídas à facção foram registradas este mês no Estado. Uma delas, ocorrida em Campinas, resultou na morte de um policial militar. Com autorização judicial, a polícia realizou grampos telefônicos para descobrir e interceptar os planos dos criminosos. A prisão de Petronilha fez com que os criminosos “abandonassem a idéia de explosão”, segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic. “Queriam se livrar do explosivo”, afirmou. A mulher de Geleião já responde a processo por formação de quadrilha e o mandado de prisão foi emitido na sexta-feira, pela 7ª Vara Criminal, com base nas gravações. Conforme Fontes, os criminosos, abandonando o veículo, queriam evitar que a polícia chegasse até uma favela, na região, onde estariam os explosivos. Uma ligação anônima informou o Deic sobre o abandono do carro e dos explosivos ontem. Para o delegado, os próprios criminosos podem ter avisado a polícia. Explosivo mataria em raio de 20m São Paulo – O diretor do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic),  Godofredo Bittencourt, afirmou  em entrevista coletiva que o material explosivo encontrado, ontem, em um Gol na Via Anhangüera tinha potencial para matar  em um raio de 20 metros. A polícia encontrou detonadores e 12 bisnagas com emulsão explosiva. Elas pesam aproximadamente 30 quilos e não estavam armadas. Os explosivos seriam usados em atentado contra a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e que havia planos de novos ataques em diversos pontos de São Paulo. O carro foi localizado pela manhã, abandonado às margens da rodovia, na região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). A Polícia Civil afirma que o caso e a ameaça de atentado foram descobertos graças a grampos telefônicos. Petronilha Maria de Carvalho Felício, mulher de José Márcio Felício, o “Geleião”, um dos fundadores da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) foi presa. Ela seria a responsável por transmitir “recados” do marido para um preso de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), que “contratava” criminosos fora da cadeia para as ações. “Geleião”, preso em Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo) estaria descontente com o regime disciplinar do presídio, que conta com bloqueador de celular. A mulher foi presa, ontem, após visita ao marido na cadeia. Ela já responde a processo por formação de quadrilha e o mandado de prisão foi emitido na sexta-feira, pela 7ª Vara Criminal, com base nas gravações. A Bovespa foi avisada pela polícia, na semana passada, sobre uma possível ação criminosa. O dia de ontem foi de tensão na sede da Bolsa de Valores, no centro da capital paulista. Alguns funcionários estão com medo por causa das notícias de que o prédio de 10 andares seria alvo de um atentado. Diariamente, cerca de 700 pessoas – 500 funcionários e 200 operadores – transitam no prédio da Bovespa, onde também funciona a Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

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