São Paulo – Os homossexuais brasileiros querem aproveitar a chegada do PT à Presidência – o partido mais identificado com a defesa dos direitos do grupo – para entrar no governo. Ainda não há um acordo pleno sobre a forma desta participação, mas alguns dos principais grupos de gays, lésbicas, travestis e heterossexuais defendem a institucionalização da categoria. “Sugerimos a criação, em cada ministério, de uma assessoria que iria tratar de questão da orientação sexual”, propõe Marcelo Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT. “Acho que deveria ser criado um Conselho Federal das Minorias Sexuais, nos mesmos moldes dos conselhos de Direitos Humanos e da Mulher, que já existem”, defende o antropólogo Luiz Mott, presidente do Grupo Gay da Bahia e um dos mais destacados defensores dos direitos de homossexuais no país. Mott admite que o PT não vai conseguir aprovar a toque de caixa os projetos que mais interessam à comunidade homossexual – a união civil, em especial – mas espera que o partido garanta direitos básicos de cidadania e igualdade, já consagrados nas leis brasileiras.