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Consultor diz que crescimento de Roseana lembra campanha de 89

São Paulo O crescimento da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), nas pesquisas de intenção de voto para presidente se transformou em uma tendência que dificilmente será revertida até as eleições, em outubro, afirmou, ontem, o consultor Diogo Alarcon Clemente, diretor-presidente da DAC Consultoria. A tendência de crescimento dela é parecida com a de Fernando Collor (eleito presidente em 1989). Não tenho dúvidas de que ela acabará passando o Lula , disse Clemente, que analisou os dados da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Na pesquisa, Roseana consolidou o segundo lugar, tendo subido de 22,7% em janeiro para 24,5% em fevereiro, configurando um empate técnico com o líder Lula (26,1% das intenções em janeiro e 26,2% em fevereiro). Lula chegou ao mesmo patamar que alcançou nas outras eleições. Ele tem uma fidelidade do eleitor de cerca de 25% dos votos, afirmou Clemente. Imagem arrogante Para o consultor, em caso de Lula e Roseana irem para o segundo turno, a candidata do PFL leva a melhor. Clemente afirmou que a grande incógnita é o candidato do governo, o ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB), que aparece na pesquisa com 7,1% das intenções de voto. Não acho que ele tem o perfil para ser o presidente do Brasil, ele passa a imagem de arrogante, de que quando dá a mão para o povo, dá de modo diferente. Não vejo a candidatura dele decolando, afirmou. A chance de Serra, segundo o consultor, é se o PSDB conseguir uma aliança com o PMDB, um partido de peso. Se o PMDB lançar candidato próprio, Serra não chega a lugar algum, disse. Clemente avaliou que Serra perde muitos pontos para o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), que teve 12,3% de intenção na pesquisa e ficou em terceiro. O eleitor deles tem o perfil semelhante, disse. Para Clemente, Garotinho não terá forças para alcançar o segundo turno, mas está pavimentando o caminho para as próximas eleições, até porque ele ainda é muito novo.