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Nº 5824
Nacional

Rigotto defende isonomia em verbas federais para estados

Porto Alegre – Mesmo antes de assumirem os novos governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), abriu uma polêmica a respeito de verbas federais para os Estados. Rigotto critic

Por | Edição do dia 05/11/2002 - Matéria atualizada em 05/11/2002 às 00h00

Porto Alegre – Mesmo antes de assumirem os novos governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), abriu uma polêmica a respeito de verbas federais para os Estados. Rigotto criticou o fato de Minas Gerais estar recebendo recursos da União a título de gastos realizados com estradas federais. Pediu isonomia. “Acho ótimo que o Rio Grande do Sul receba o mesmo tratamento que Minas Gerais está recebendo em relação ao ressarcimento de investimentos feitos por Minas, que seriam recursos em obras federais’’, disse, ao defender um novo pacto a respeito das dívidas federais e a reforma tributária. “Deve existir isonomia. Se um Estado recebe isonomia por investimentos federais, o Rio Grande do Sul tem de ter o mesmo tratamento’’, disse. Está sendo fechado em Brasília acordo para a União dar a Minas R$ 1,2 bilhão via Ministério dos Transportes. Rigotto se manifestou a respeito desse assunto após reunião de transição que teve com o governador Olívio Dutra (PT), na qual soube que o valor a ser recebido pelo Estado é superior a R$ 900 milhões. Durante o encontro, Rigotto se comprometeu a ajudar na infra-estrutura do Fórum Social Mundial (de 23 a 28 de janeiro, em Porto Alegre). Olívio disse que vai ajudá-lo nos contatos com o comitê nacional. Segundo Rigotto, o PMDB precisa passar por uma reciclagem, “voltando-se para as bases’’ e “tendo posição mais unitária no Congresso’’. Deve, também, apoiar Lula, especialmente no primeiro semestre, mas sem ocupar cargos. Essas propostas serão levadas hoje para a reunião da executiva nacional. “Não devemos participar do governo federal, mas apoiá-lo, dar sustentação, especialmente nos seis primeiros meses. O presidente precisará de muito apoio no Congresso para suas reforma estruturais. A idéia é termos posição clara de apoio e sustentação, mas sem cargos”, disse, salientando que a reciclagem começaria justamente nisso. “Não podemos misturar ocupação de cargos com posições junto ao governo. O PMDB não tem sido claro nas suas posições.” Rigotto se alinha, assim, ao senador Pedro Simon, principal líder do PMDB gaúcho, que falou, para a reportagem, sobre um entendimento pró-Lula para promover as reformas tributária, política e administrativa. Simon se diz “inteiramente à disposição (de Lula) para qualquer trabalho’’, pois “o presidente eleito não tem voto nem para aprovar uma medida provisória’’. “Sem diálogo, teremos um confronto com consequências indesejáveis’’, disse.

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