Pesquisa do IBGE revela alta de 6,8% de desemprego no Pa�s
Rio A taxa de desemprego aberto no País subiu para 6,8% em janeiro, ante 5,7% em igual mês do ano passado e 5 6% em dezembro. Apesar do aumento da taxa, houve uma pequena melhora no mercado de trabalho no início deste ano, já que foi registrado aument
Por | Edição do dia 27/02/2002 - Matéria atualizada em 27/02/2002 às 00h00
Rio A taxa de desemprego aberto no País subiu para 6,8% em janeiro, ante 5,7% em igual mês do ano passado e 5 6% em dezembro. Apesar do aumento da taxa, houve uma pequena melhora no mercado de trabalho no início deste ano, já que foi registrado aumento da população ocupada (0,3%), após cinco meses consecutivos de queda na comparação com igual mês do ano anterior. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ocupação é considerada como o dado mais importante para avaliação da situação do mercado de trabalho pela gerente de Análise do Departamento de Emprego e Rendimento do instituto, Shyrlene Ramos de Souza. Ela salientou que, apesar da reversão das taxas negativas registradas anteriormente no nível de ocupação, o aumento de janeiro ainda é muito pequeno e não pode ser considerado como tendência de melhora da situação do emprego. Não podemos dizer que o mercado de trabalho melhorou porque a ocupação cresceu pouco e aumentou também o número de pessoas fora do mercado, afirmou. Em janeiro, o número de pessoas economicamente inativas (fora do mercado de trabalho) cresceu 3,3% sobre igual mês do ano passado. Shyrlene observou, entretanto, que a maior ocupação não deixa de ser positiva porque revela que estão ocorrendo contratações, ainda que em volume muito menor do que a procura por trabalho. Segundo o IBGE, o número de pessoas desocupadas (sem trabalhar, mas procurando emprego) cresceu 22,4% em janeiro, ante igual mês de 2001. Para Shyrlene, essa procura pode significar que a melhoria do cenário econômico no fim do ano passado está estimulando a busca por vagas. A taxa de desemprego com ajuste sazonal atingiu 6,7% em janeiro e 7% em dezembro, segundo o IBGE. O ajuste espelha com maior clareza a situação do emprego, já que elimina as variações típicas de determinada época do ano. No caso de dezembro, por exemplo, o índice sem ajuste é menor (5,6%) porque é um período de aumento de contratações temporárias. O rendimento médio real dos trabalhadores acompanhou no ano passado a tendência de queda registrada desde 1999 e apresentou variações negativas em todos os meses. A diminuição de 3,9% no acumulado de 2001 foi maior do que a retração registrada no ano anterior (-0,6%), mas menor do que a queda significativa de 1999 (-5,5%).