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Nº 5824
Nacional

Guerrilheiro da Farc est� no Rio para libertar Beira-Mar

Rio de Janeiro e São Paulo – Um suposto integrante do grupo guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) está escondido em uma favela da zona norte controlada pela facção criminosa CV (Comando Vermelho) e elabora um plano de fuga para o

Por | Edição do dia 12/11/2002 - Matéria atualizada em 12/11/2002 às 00h00

Rio de Janeiro e São Paulo – Um suposto integrante do grupo guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) está escondido em uma favela da zona norte controlada pela facção criminosa CV (Comando Vermelho) e elabora um plano de fuga para o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de acordo com informações apuradas pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio. O subsecretário Antônio Freire disse que o guerrilheiro teria chegado ao Rio há 20 dias com a intenção de arrecadar cerca de R$ 2 milhões a fim de conseguir mão-de-obra e armas para colocar o plano em prática. Beira-Mar passou um ano na Colômbia, onde foi capturado em abril do ano passado. Durante o período em que esteve no país, manteve contato com os principais líderes da organização guerrilheira, entre eles Tomás Molina, o Negro Acácio. “Beira-Mar fazia uma espécie de escambo com as Farc. Fornecia armas para os colombianos e, em troca, recebia drogas. Como ele está isolado e sem comunicação, está havendo prejuízo nos negócios”, disse. A ação dos criminosos consistiria em subornar PMs e agentes penitenciários encarregados da segurança no presídio Bangu 1 (zona oeste) e propiciar uma fuga em massa. Em São Paulo, a rebelião mais violenta desde 99 no Estado terminou ontem com dez presos mortos, após uma guerra de 12 horas entre duas facções rivais: o CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) e a Seita Satânica. Três das vítimas tiveram as cabeças cortadas no presídio Mário de Moura Albuquerque, a P1 de Franco da Rocha (Grande SP). Houve pelo menos 35 feridos. O conflito começou às 18h30 de domingo, após a saída das visitas e quando os presos eram recolhidos nas celas. Armados com facas e pelo menos duas pistolas, os detentos do raio 1 – do CRBC – renderam três agentes. Com os reféns, segundo a direção do presídio, eles abriram as portas que dão acesso ao raio 2 e atacaram integrantes da Seita Satânica. Depois, foram ao pavilhão 3, dos condenados “neutros”, que não pertencem a facções. Os encarcerados atacados pelo CRBC se defenderam com barricadas de colchões queimados. Todos os corpos foram mutilados. Integrantes das duas organizações criminosas – CRBC e Seita Satânica- reivindicam os corpos com as cabeças cortadas. “Todos os que estiverem sem cabeças foram mortos por nós”, disse um preso do CRBC, ouvido pela reportagem por meio de um celular. “Tem uns presos com cabeça cortada, mas isso faz parte da rotina”, afirmou outro, da Seita.

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