ESTUDANTE QUE MATOU A AV�: Nem minha m�e escaparia
O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22, que degolou a avó e a empregada da casa após consumir cocaína, disse aos policiais que nem sua mãe escaparia se estivesse em casa. Ele estava em surto, afirmou ontem o delegado Luiz Antônio Pinheiro,
Por | Edição do dia 26/11/2002 - Matéria atualizada em 26/11/2002 às 00h00
O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22, que degolou a avó e a empregada da casa após consumir cocaína, disse aos policiais que nem sua mãe escaparia se estivesse em casa. Ele estava em surto, afirmou ontem o delegado Luiz Antônio Pinheiro, do Grupo de Operações Especiais (GOE), o primeiro a ouvir a confissão do rapaz. A polícia apresentou o estudante em uma entrevista coletiva. Com uma forte crise de abstinência, Gustavo chorava compulsivamente. O crime ocorreu num sobrado de classe média, na Alameda dos Maruás, no Planalto Paulista, zona sul de São Paulo. Gustavo cheirou cocaína (que ele havia trocado por um aparelho de som e uma televisão na Favela Mauro) e por volta da 1 hora de domingo degolou a avó Vera Kuhn Pereira, 73, que dormia. Vera, que recebeu ainda duas estocadas no peito, se locomovia com dificuldade e usava cadeira de rodas. Empregada O rapaz retornou à favela e trocou seu carro, um Gol, por mais 55 papelotes da droga. Cheirou um total de 26 porções e acabou esfaqueando, por volta das 7 horas, a empregada Cleide Ferreira da Silva, 20, que acabara de pôr a mesa para o café. O estudante voltou à favela para trocar outro carro, um Vectra, por um revólver, pois pretendia se matar. Gustavo disse que quando cheirava sentia vontade de matar todos a sua volta. O delegado titular da Seccional Sul, Olavo Reino Francisco, apresentou a faca usada pelo rapaz e uma espada que também pode ter sido usada, pois estava suja de sangue - Gustavo é praticante de artes marciais.