Ida do pr�ncipe Charles ao Canta Galo � tumultuada
Rio A epidemia de dengue no Rio assustou o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e sua comitiva na chegada ao Rio. Vidros de repelente em spray foram colocados em todos os carros da comitiva para que o príncipe de Gales pudesse se proteger
Por | Edição do dia 05/03/2002 - Matéria atualizada em 05/03/2002 às 00h00
Rio A epidemia de dengue no Rio assustou o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e sua comitiva na chegada ao Rio. Vidros de repelente em spray foram colocados em todos os carros da comitiva para que o príncipe de Gales pudesse se proteger dos mosquitos. Uma assessora do Consulado Britânico no Rio afirmou que o príncipe iria apenas se prevenir, assim como todos aqui no Rio estão fazendo. Por volta das 17h30, antes da chegada do príncipe Charles ao morro do Cantagalo (Copacabana, zona sul do Rio), um carro fumacê subiu a favela borrifando inseticida. Houve correria dos moradores, que acharam que o príncipe estava chegando. A segurança era também uma das preocupações da assessoria do príncipe. Cerca de 100 policiais militares, além de policiais federais, ocuparam todos os recantos do morro. O príncipe Charles desembarcou ontem, às 7h40, em Brasília, para uma visita de dois dias ao País. Depois de ser recebido em Brasília, seguiu ao Rio, com uma comitiva de 30 empresários ligados aos setores aeronáutico, petrolífero e de manufaturados, além de banqueiros. Na agenda da viagem, que cronometra rigorosamente suas atividades, o príncipe incluiu uma variedade de temas. No Rio, Charles chegou ao morro às 18h45 e subiu a pé um trecho de 200 metros em ladeira íngreme. Aí começou a confusão, porque a comitiva foi cercada por moradores e jornalistas. Vanusa de Souza, 24, furou o cerco e abraçou Charles. O coordenador da ONG Viva Rio, Rubem César Fernandes, guiou a visita do príncipe pelo Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) do Canta Galo, onde funcionam alguns dos projetos sociais mantidos com financiamento do governo britânico.