Delator deve esclarecer propina em CPI
Brasília, DF A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal que um novo delator deverá ajudar a esclarecer os relatos feitos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e pelo doleiro Alberto Youssef de que houve pagamento
Por | Edição do dia 16/09/2015 - Matéria atualizada em 16/09/2015 às 00h00
Brasília, DF A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal que um novo delator deverá ajudar a esclarecer os relatos feitos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e pelo doleiro Alberto Youssef de que houve pagamento de R$ 10 milhões de propina ao então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) e ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), para que uma CPI não aprofundasse suas investigações sobre a estatal em 2010. Guerra, morto em 2014, era um dos principais nomes do PSDB. Eduardo da Fonte é o atual líder do Partido Progressista na Câmara. O delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Junior informou no dia 31 de agosto ao ministro Teori Zavascki, relator do inquérito no STF, que aguardava a conclusão de tratativas com potencial colaborador, motivo pelo qual a prorrogação da investigação por mais 60 dias, segundo o delegado, se tornava imprescindível para a continuidade das investigações. O inquérito que investiga a suposta propina foi aberto em março. Fornazari Junior é lotado no GINQ (Grupo de Inquéritos do STF), vinculado à diretoria da PF voltada para o combate ao crime organizado e responsável por todos os inquéritos que tramitam no Supremo que envolvem políticos com foro privilegiado, em desdobramento da Operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concordou com a prorrogação do inquérito, autorizada por Zavascki no dia 3 por um prazo de dois meses.