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Nº 5759
Nacional

Delc�dio compromete Lula e Dilma

Brasília, DF – Em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou comprar o silêncio de Nestor Cerveró e de outras testemunhas. As informações foram v

Por | Edição do dia 04/03/2016 - Matéria atualizada em 04/03/2016 às 00h00

Brasília, DF – Em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou comprar o silêncio de Nestor Cerveró e de outras testemunhas. As informações foram veiculadas pelo site da revista IstoÉ, que publicou reportagem com trechos do acordo de delação de Delcídio. De acordo com os documentos publicados pela revista, o senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). Segundo a reportagem, o ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidirá se homologa ou não a delação. A intenção do parlamentar, ao pedir o prazo, era escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Em seu relato, Delcídio cita outros senadores e deputados, tanto da base aliada quanto da oposição. Segundo a publicação, Delcídio revelou que Dilma tentou três vezes interferir na Lava Jato com a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de tentar promover a soltura de réus presos no curso da referida operação”, afirma o senador. O senador diz, segundo a revista, que a terceira investida de Dilma contra a Lava Jato foi a nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o STJ. “Tal nomeação seria relevante para o governo”, pois o nomeado cuidaria dos “habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ”, conta Delcídio. De acordo com a revista, Delcídio diz que Lula pediu “expressamente” para que ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai, porque o empresário estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró. Para o senador, Bumlai tinha “total intimidade” e exercia o papel de consigliere da família Lula, expressão em italiano que remete aos conselheiros dos chefes da máfia italiana.

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