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Nº 5832
Nacional

Mulheres brancas ganham 2 vezes mais que as negras

Rio de Janeiro – A mulher branca ganha, em média, exatamente o dobro do que recebem as  negras (pretas, na classificação do IBGE) e pardas. Enquanto as  brancas ganham R$ 492, as negras e pardas recebem R$ 246. Esse é apenas um dos dados sobre o mercado d

Por | Edição do dia 08/03/2002 - Matéria atualizada em 08/03/2002 às 00h00

Rio de Janeiro – A mulher branca ganha, em média, exatamente o dobro do que recebem as  negras (pretas, na classificação do IBGE) e pardas. Enquanto as  brancas ganham R$ 492, as negras e pardas recebem R$ 246. Esse é apenas um dos dados sobre o mercado de trabalho capazes de dimensionar o abismo racial entre brancos e negros no Brasil – ou, mais especificamente, o abismo entre as mulheres brancas e as mulheres negras. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1999, apenas 0,7% das empregadoras são negras. A maior parte das mulheres que empregam outras pessoas é branca (80,1%). Em compensação, as negras, que representam 5,5% da população feminina, são 10,9% das empregadas domésticas. “Isso mostra que as negras estão sobre-representadas no universo dos trabalhadores domésticos. Dá uma idéia de como a cor influencia no mundo do trabalho no Brasil, embora, oficialmente, não exista racismo no país”, afirmou Ana Lúcia Sabóia, técnica do IBGE. A diferença se repete na educação. Enquanto entre as mulheres brancas apenas 10% são analfabetas ou têm menos de um ano de estudo, entre negras a taxa sobe para 23,3%, e, entre pardas, para 20,2%.

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