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Olivetto foi seq�estrado por duas organiza��es pol�ticas

São Paulo O resgate pedido pelos seqüestradores para libertar o publicitário Washington Olivetto era de US$ 18,5 milhões e não US$ 10 milhões, como divulgado anteriormente. A revelação surgiu após a instauração do processo judicial contra os seis réus presos pelo crime. Ontem, durante o interrogatório judicial, os réus afirmaram que o dinheiro era destinado a duas organizações políticas estrangeiras. O crime foi uma ação conjunta da Frente Patriótica Manuel Rodrigues (FPMR) e do Movimento Esquerda Revolucionária (MIR). Os dois colombianos presos eram militantes de organizações políticas na Colômbia e foram arregimentados para participar do seqüestro. A afirmação dos acusados confirma a suspeita da polícia chilena de que o crime serviria para financiar as atividades dos dois grupos. O interrogatório dos réus começou às 10 horas, na 19ª Vara Criminal de São Paulo. Pela primeira vez os acusados, presos em 1º de fevereiro, numa chácara em Serra Negra, deram sua versão do caso. Para levá-los ao fórum, a Polícia Civil montou uma operação de guerra. Vinte e cinco carros com 60 homens, chefiados pelo delegado Antonio DOlim, e um helicóptero fizeram a escolta dos seqüestradores. Quatro deles, os homens, foram apanhados no Centro de Reabilitação Penitenciária (CRP), um anexo de segurança máxima da Casa de Custódia de Taubaté, onde estão há cerca de um mês. Houve um contratempo na viagem para São Paulo: o pneu do carro que levava Willian Gaona Becerra furou e preso teve de mudar de veículo. As duas mulheres estão na Cadeia Pública de Pinheiros.