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Nº 5759
Nacional

Rainha anuncia invas�es de propriedades em todo o Pa�s

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Por | Edição do dia 08/03/2002 - Matéria atualizada em 08/03/2002 às 00h00

Jundiaí – “O mês é abril, mas a data será uma surpresa”.  Assim o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, anunciou que haverá uma série de invasões de terras consideradas improdutivas em todo o País, começando por São Paulo. Ele afirmou que serão ocupadas fazendas do ex-prefeito Paulo Maluf, do empresário Fábio Monteiro de Barros, do ex-governador Orestes Quércia e de muitos outros políticos. Só em São Paulo estão previstas 70 invasões. De acordo com José Rainha, essa é uma “operação de desespero”, porque é injusto no Brasil que 12 milhões de trabalhadores fiquem sem terras para produzir – sendo 600 mil apenas em São Paulo. Enquanto isso, afirmou, muitos ricos possuem terras improdutivas, que poderiam ser utilizadas para reforma agrária. “As invasões vão servir para pressionar o presidente Fernando Henrique Cardoso e outros governadores a tomarem providências”. O anúncio dessas invasões ocorreu na “Marcha pela Paz e Contra a Violência”, que Rainha comanda desde segunda-feira pela Via Anhangüera, com destino à capital. Amanhã, 1.200 integrantes do MST chegam em São Paulo, logo pela manhã, entrando pela Lapa, seguindo o Elevado Costa e Silva e depois até a Praça da Sé. Lá, será realizada uma manifestação ecumênica de bispos e pastores às 16h, com participação de políticos, dentre eles, a prefeita Marta Suplicy (PT). Rainha disse à Agência Estado que não considera as invasões uma forma de violência. Segundo ele, é uma forma de “justiça”, porque é “injusto manter terras improdutivas” com gente passando fome e sem emprego. “Se derem terras, garanto que em 10 anos o índice de violência será baixíssimo, porque muita gente vai ter trabalho”. O movimento também irá protestar contra os baixos salários de policiais e políticas erradas de segurança no País, disse o líder do MST. Toque de recolher Em São Paulo, pelo segundo dia consecutivo, criminosos impuseram toque de recolher, ontem, na Avenida Manoel Pimentel, na região do Jardim Elba, zona leste da capital paulista. Um telefonema anônimo, recebido por um lojista, obrigou o comércio da avenida a fechar, a partir das 16 horas. Duas horas depois, a maior parte dos comerciantes havia atendido a ordem, apesar da chegada ao local de carros de polícia. Normalmente, as lojas ficam abertas até as 19h ou 20h. Ninguém soube identificar de onde partiu a ordem para fechar o comércio, mas os comentários eram de que seria uma atitude em sinal de luto, por causa da morte dos 12 criminosos que iam utilizar um ônibus para fazer um assalto em Sorocaba, na terça-feira, e acabaram mortos pela polícia.

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