Nacional
Revista liga dossi�s de ACM a grampos na Bahia

Brasília - Vários dossiês distribuídos em Brasília nos últimos tempos, pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), têm um conteúdo bastante semelhante ao dos grampos realizados na Bahia, por ordem da Secretaria de Segurança da Bahia, e que no momento vêm sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Justiça daquele Estado. A denúncia está na edição da revista IstoÉ que chegou ontem às bancas. A revista comparou o conteúdo de um pacote de relatórios enviados por ACM a pessoas diretamente ligadas ao governo, entre maio e setembro do ano passado, com o conteúdo dos grampos agora investigados pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Justiça baiano. Ao final, define o resultado desse trabalho como uma perturbadora evidência da participação direta do senador nas operações de escuta ilegal. Os autores da reportagem Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz, os mesmos que há duas semanas afirmaram ter ouvido ACM confessar que mandou grampear o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) citam três assessores diretos do então presidente Fernando Henrique Cardoso que, naquele período investigado, receberam dossiês de ACM. Um deles foi Pedro Parente (então chefe do Gabinete Civil). Outro, o ministro Guilherme Dias (do Planejamento). A terceira autoridade a receber os documentos do senador foi a corregedora-geral da União, Anadyr Marcondes. Os assuntos eram os mesmos, o tipo de acusação também. E o material chegada ao Planalto poucos dias depois de as escutas ilegais terem sido realizadas.