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Diretor da PF diz que uma mala não é prova

Brasília, DF ? O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, afirmou ontem que ?uma mala talvez não desse toda a materialidade criminosa? contra o presidente Michel Temer, em referência à denúncia por corrupção passiva apresentada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot contra o peemedebista. Em entrevista logo após a cerimônia de sua posse no Ministério da Justiça, ele comentou o episódio em que o ex-deputado e ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) é filmado com uma mala com dinheiro entregue por um executivo do Grupo J&F. ?É um ponto de interrogação (se a mala de dinheiro era para Temer), que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ser respondido se a investigação tivesse mais tempo?, afirmou Segóvia. O diretor-geral cobrou mais ?transparência? da Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje sob o comando de Raquel Dodge, na condução de investigação contra Temer. Procurado pela reportagem, Janot rebateu as declarações de Segóvia e disse que o diretor-geral ?está fazendo o que foi contratado para fazer?. Questionada sobre a declaração de Janot, a assessoria de imprensa da PF informou que não tem ?interesse em alimentar essa fogueira armada?. Raquel, que não compareceu à posse, não comentou.