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Nº 5812
Nacional

Detentos se rebelam e matam seis com estiletes em Osasco

São Paulo – Seis presos morreram e quatro agentes penitenciários ficaram feridos ontem durante  uma rebelião no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1, de Osasco,  na Grande São Paulo – a quarta em  presídios do Estado em 48 horas. O  motim durou das 9h3

Por | Edição do dia 12/03/2002 - Matéria atualizada em 12/03/2002 às 00h00

São Paulo – Seis presos morreram e quatro agentes penitenciários ficaram feridos ontem durante  uma rebelião no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1, de Osasco,  na Grande São Paulo – a quarta em  presídios do Estado em 48 horas. O  motim durou das 9h30 às 15 horas, quando os detentos se renderam ao juiz-corregedor de Osasco, José Marcos Silva. Os detentos chegaram a fazer reféns cinco agentes, mas no fim da rebelião permaneciam com apenas dois. Até o início da noite, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo identificara cinco mortos: Valdeci Primão, Jorge Batista Firmino Alexandre Bispo dos Santos, Adriano Cardoso Tomaz e Sérgio Barreto. Entre os feridos, quatro presos e um funcionário do CDP estavam internados no fim da tarde, mas não corriam risco de vida. Os outros três agentes sofreram lesões leves. Segundo o major Édson Santos da Silva, coordenador operacional do 14º Batalhão da Polícia Militar, o motim começou depois de uma tentativa de resgate de presos. Por volta das 9h30 “cinco ou seis” homens, em três veículos – um Fiorino, um Corsa e uma Blazer – se aproximaram da muralha do presídio e atiraram nas torres de vigilância. Ainda de acordo com o major, eles estavam fortemente armados, inclusive com fuzis AR-15. “Além disso, também jogaram uma bomba contra as muralhas”, contou Silva. “Os policiais de vigia revidaram os tiros e os bandidos fugiram.” Mais tarde foi encontrada uma granada não explodida, do lado de fora do presídio. Poucos minutos depois, os 937 detentos do CDP se rebelaram – o presídio tem 768 vagas. Armados com barras de ferro e estiletes, fizeram reféns, quebraram vidros, puseram fogo em colchões e depredaram instalações. Também mataram os seis companheiros, provavelmente por vingança. Todos morreram com estiletadas.

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