Nacional
PF reforça equipe da Lava Jato

Brasília, DF ? A Polícia Federal mais do que dobrou a equipe que atua nos inquéritos envolvendo políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar encerrar as investigações antes das eleições deste ano. O chamado Grupo de Inquérito (Ginq) passará de 24 para 56 policiais federais a partir deste mês. Ficará responsável por 273 investigações ligadas a políticos com foro privilegiado que tramitam na Corte, das quais 124 são ligadas à Operação Lava Jato. O novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, autorizou a nomeação de mais oito delegados, sete escrivães e 17 analistas para atuar no grupo. A meta é encerrar todas as investigações até o início da campanha eleitoral, que começa oficialmente no dia 15 de agosto. Em novembro, quando Segovia assumiu a corporação, procuradores da Lava Jato chegaram a colocar em dúvida o futuro da operação. ?Esse aumento significativo da equipe demonstra de forma clara que a prioridade da atual gestão da PF é o combate à corrupção?, disse o delegado Eugênio Coutinho Ricas, da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor). A PF deve se posicionar nos próximos meses em relatórios finais sobre a prática ou não de crimes em casos envolvendo o presidente Michel Temer, a cúpula do governo e parlamentares de oposição. São investigados pelo Grupo de Inquérito, além de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e aliados, como os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).