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Sat�lite italiano pesando uma tonelada pode cair no Brasil

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Um satélite italiano de 1,4 tonelada, com o tamanho de um automóvel médio, pode cair no Brasil entre o fim de abril e os primeiros dias de maio. Os estados mais expostos ao risco são Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Roraima. Não há, ainda, nenhum relato oficial quanto à possibilidade de que possa cair em estados mais abaixo da linha do Equador, entre eles Alagoas. Apesar de a possibilidade ainda ser pequena, seria a primeira vez que um acidente como esse aconteceria no Brasil. Lançado em 1996, o satélite Bepposax, utilizado em pesquisas espaciais, foi desativado há um ano, quando já se previa que ele cairia na Terra. Satélites como ele, que circundam o planeta em órbita baixa, vão gradativamente perdendo velocidade e sendo atraídos pela gravidade. Atualmente, o Bepposax contorna a Terra a cada hora e meia, a uma altitude de 280 km. Quando começar a cair, o que deve acontecer entre o próximo dia 29 de abril e 4 de maio, metade da estrutura será literalmente queimada pelo atrito com a atmosfera. O resto deve se fragmentar em mais de 40 pedaços, mas, ainda assim, os maiores podem pesar até 120 quilos. Para a Agência Espacial Italiana, o dia mais provável da queda é 1º de maio. Informações mais precisas só devem ocorrer dois dias antes da queda, mas a agência italiana está disponibilizando avaliações periódicas pela Internet (www.asdc.asi.it). Pânico Em tese, o satélite italiano pode cair em qualquer ponto próximo à linha do Equador. A Agência Espacial Brasileira (AEB), que garante não haver motivo para pânico, calcula que a probabilidade de os destroços caírem sobre uma área habitada do Brasil é de 4 em 10 mil - algo mais difícil do que acertar as seis dezenas da Mega Sena preenchendo um cartão com 12 números. Segundo uma nota oficial da AEB, foi formado um grupo de trabalho, com representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Defesa Civil e dos comandos da Marinha e da Aeronáutica, para acompanhar o assunto. Os estados onde os destroços podem cair - embora isso também possa acontecer em 28 outros países ou nos oceanos Atlântico e Pacífico - também foram avisados. Embora a queda de um satélite seja inédita no Brasil, o mundo já acompanhou acidentes desse tipo. O mais recente foi o caso da estação espacial russa Mir que, após 15 anos de uso, teve sua queda provocada e calculada para o meio do Oceano Pacífico - mesmo porque se tratava de um objeto cem vezes maior do que o satélite italiano e com 140 toneladas. Em 1991, fragmentos da estação soviética Salyut-7 caíram nos Andes argentinos, sem provocar danos. Um satélite soviético caiu no norte do Canadá em 1978. Mas nenhuma queda foi mais acompanhada do que a da primeira - e única, até agora - estação espacial norte-americana, a Skylab, em julho de 1979. O Skylab, de 83 toneladas, subiu em maio de 1973 e era esperado que permanecesse em órbita por, pelo menos, dez anos. Mas um ?raspão? com a atmosfera provocou a queda. Ninguém se feriu, mas fragmentos radioativos foram espalhados na Costa Oeste da Austrália.

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