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Órgãos internacionais debatem a criação de PIB verde

Rio de Janeiro, RJ Um ideia lançada há 20 anos na ECO-92 só começou a sair do papel 20 anos depois: a criação de um padrão internacional para mensurar o PIB verde, cujo objetivo é descontar do volume produzido em bens e serviços a exaustão ou a depreciação dos recursos naturais de cada país ou o capital natural, como preferem os envolvidos nas discussões. Reunidos ontem em uma das sedes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Rio, especialistas de agências e organismos como OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), ONU, Eurostat (agência de estatísticas da União Europeia), Banco Mundial e outros discutem a estrutura metodológica que servirá como base para o PIB verde, aprovado pelo escritório de estatísticas da ONU em fevereiro deste ano, e as estratégias para conseguir a maior adesão possível dos 193 países membros. O objetivo básico do sistema de contabilidade de capital natural é mensurar o estoque de recursos naturais, mapear seus usos em todas as atividades humanas (consumo doméstico, indústria, pecuária etc.) e, por fim, atribuir um valor monetário ao patrimônio natural de cada país.