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Banco do Brasil � acusado de�ocultar lavagem de dinheiro

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Brasília - Um relatório detalhado do Banco Central sobre lavagem do dinheiro do chamado esquema dos precatórios, de 1996, acusa a agência central do Banco do Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), de ajudar a ocultar os beneficiários finais da verba pública desviada. O documento do BC detalha os caminhos percorridos por R$ 96,8 milhões - a maior parte dos R$ 147 milhões que seriam resultado dos lucros obtidos por um grupo de pessoas e instituições com as transações de títulos públicos lançados com deságio (desconto em relação ao valor de face) - até a suposta remessa ilegal para o exterior. Na ponta da rede de distribuição desses lucros e lavagem do dinheiro está a agência central do BB, em Foz do Iguaçu, onde quatro pessoas movimentaram R$ 1,3 bilhão em apenas três meses, entre elas, a paraguaia Carmen Alonso, que sozinha sacou 151 cheques, no total de R$ 131,6 milhões. O BC identificou uma intensa movimentação do dinheiro entre agências do próprio Banco do Brasil e deste com outras instituições, supostamente para ocultar o destino final dos recursos. A suspeita surgiu em razão da coincidência de valores entre saques efetuados por Carmen e operações interbancárias do BB realizadas nos mesmos dias em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no Paraguai. Por fim, o relatório também indica que a agência do BB em Foz do Iguaçu teria sonegado informações no primeiro momento dessa apuração e, em seguida, forjado dados por meio de lançamentos puramente contábeis. O BC recomenda que a gerência de Foz do Iguaçu do BB seja investigada por suspeita de prática de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, para o qual a lei prevê de dois a seis anos de prisão. O relatório foi enviado ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que o repassou às representações do Ministério Público Federal em vários estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará - para que a investigação seja aprofundada.

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