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Depoimento de Simone foi orquestrado com Valério

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Folhapress O depoimento da diretora administrativa-financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, pouco ou nada acrescentou para as investigações da CPI dos Correios, na avaliação dos integrantes da comissão parlamentar. Responsável por saques que superam R$ 7 milhões das contas da SMP&B e pela movimentação de recursos da agência de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza, ela disse aos membros da CPI desconhecer a lista dos cinco maiores fornecedores da SMP&B, não precisou quais seriam as aplicações financeiras da empresa, afirmou não saber o faturamento do negócio ou se foram remetidos recursos para o exterior. Confirmou que eram repassados recursos para terceiros, que ela disse desconhecer, e declarou que não pediu qualquer documento que comprovasse o recebimento do dinheiro. Ela disse que não sabia se os outros sócios da empresa sacavam recursos de altos valores na boca do caixa. ### Lista com 12 nomes é entregue à CPI O sub-relator da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), avaliou que há uma orquestração das defesas das pessoas ligadas a Marcos Valério e ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e uma memória seletiva que faria com que Simone Vasconcelos só revelasse fatos que não prejudicassem o dono da SMP&B. Ela não consegue identificar que recebeu os recursos e não pediu nenhum recibo. Isso é básico em qualquer lugar do mundo, disse. A tese foi reforçada pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Estou decepcionado. Imagine se uma diretora do porte dela não sabia a origem e o destino dos recursos, os maiores fornecedores e o faturamento das empresas, afirmou. A diretora da SMP&B afirmou que não contava o dinheiro dos saques e que deixava a função para os funcionários do banco de onde sacava os recursos. Apenas sob sua responsabilidade direta, foram mais de R$ 7 milhões nos últimos dois anos, segundo apurou a CPI. Ela também negou que tenha utilizado malas para transportar dinheiro, mas somente pequenos volumes para transportar as verbas. Simone Vasconcelos entregou à CPI dos Correios uma lista com o nome de 12 pessoas a quem ela teria repassado dinheiro a pedido de Marcos Valério. Os recursos totalizariam, de acordo com ela, R$ 7,7 milhões. Segundo o documento apresentado por Simone, a maioria dos repasses foi feita em 2003. A relação é a seguinte: 1 - Jacinto Lamas, para o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL), total de R$ 2,4 milhões; 2 - José Carlos Martinez (PTB), R$ 700 mil; 3 - Emerson Palmieri, para o PTB, R$ 200 mil; 4 - Raimundo Ferreira da Silva Junior, para o PT do Distrito Federal, R$ 100 mil; 5 - Aristides Junqueira, ex-procurador da República, a título de trabalho que teria feito ao PT nacional, R$ 185 mil; 6 - João Cláudio de Carvalho Genu, para o deputado José Janene (PP), R$ 1,6 milhão; 7 - deputado José Borba, R$ 1,1 milhão; 8 - Vilmar Lacerda, para o PT do Distrito Federal, R$ 235 mil; 9 - deputado Josias Gomes da Silva (PT-BA), R$ 100 mil; 10 - José Luiz Alves, para o PL, R$ 600 mil; 11 - Roberto Costa Pinto, assessor do Ministério da Cultura, R$ 400 mil; 12 - deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), R$ 150 mil.

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