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Lula: Mandato de 4 anos é pouco

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| Eduardo Scolese Folhapress Macapá-AP - No momento em que aparece atrás do prefeito José Serra (PSDB-SP) nas pesquisas de intenção de voto para as eleições do ano que vem e repete que ainda não decidiu por sua candidatura à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem em Macapá (AP) que um mandato de quatro anos é muito pouco para quem está no governo. Durante evento de lançamento das obras do novo aeroporto da capital do Estado, como tem feito em recentes discursos, Lula mais uma vez sinalizou que sua passagem no Palácio do Planalto termina mesmo em 31 de dezembro de 2006. O presidente cobrou ainda juízo da oposição para não transformar numa guerra a corrida eleitoral. Porque senão será o pior dos mundos (...) se as pessoas não tiverem juízo para que façam uma disputa eleitoral e não uma guerra contra o desenvolvimento de Estado, da nação ou de uma cidade, afirmou. Mais tarde, ao explicar a declaração, o presidente disse que a oposição não sabe esperar. Todas as vezes que eu perdi eleição, eu me acomodei como derrotado esperando pelas próximas eleições. Agora, tem gente que não sabe esperar, disse. Durante o discurso, ele admitiu que não quer ver um eventual sucessor inaugurar suas obras. Tenha a certeza que aqui voltarei outras vezes, sobretudo para inaugurar esse aeroporto. Porque não pode ser em janeiro de 2007. Ele tem que ser inaugurado ainda em 2006, porque nós precisamos colher aquilo que nós plantamos. Não vamos deixar para ninguém colher a semente que nós botamos na terra, afirmou o presidente, a cerca de 500 pessoas que foram ao aeroporto da cidade. Os primeiros 20 minutos da fala foram reservadas a assuntos locais, com promessas de obras, repasses de verbas e elogios ao Estado. Depois, disse que o governo não fez barulho e bravata para quitar a dívida do País com o Fundo Monetário Internacional (FMI). E, ao final, passou a tratar de eleição, pedindo aos presentes que não permitam que o processo eleitoral do ano que vem possa atrapalhar o desenvolvimento local. Lula, então, traçou as dificuldades que teve em sua gestão. Falou de cumprir um primeiro ano de governo com um Orçamento aprovado pelo governo anterior e das eleições municipais do ano seguinte. E foi com esse gancho que lamentou o intervalo de quatro anos para governar o País. Acontece que quatro anos para quem está governando é muito pouco. Mas para quem está na oposição quatro anos é uma eternidade. Os discursos raivosos usados por ele em momentos de tensão política foram deixados de lado. ### Para Lula, seus ministros podem ser candidatos Eduardo Scolese Folhapress Macapá, AP - Um dia depois de ter reunido todo o seu primeiro escalão, primeiro no Palácio do Planalto e depois na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem em Macapá (AP) que todos os ministros de seu governo têm potencial para ser candidatos à Presidência da República no ano que vem. O que eu disse a eles é que, no governo, todos que estavam na mesa [da reunião e da confraternização na Granja] podem ser candidatos, afirmou, em entrevista, ao ser questionado sobre as opções para 2006, caso decida não concorrer à reeleição. A frase foi dita por Lula já no final da reunião ministerial de anteontem. Entrou no tema para arrematar o encontro, estimulando a análise segundo a qual não está decidido a respeito de tentar mais quatro anos no Palácio do Planalto. Embora Lula ainda não tenha confirmado sua candidatura, o que deverá ocorrer até fevereiro, duas questões apresentadas por ele na reunião foram interpretadas por auxiliares como condições para a sua recandidatura. Lula pediu o fim das discussões públicas entre os ministros e que todos defendam o governo. Como a principal plataforma eleitoral do candidato petista será a administração Luiz Inácio Lula da Silva, seria importante a coesão entre os principais auxiliares do presidente. Apesar disso, o fogo amigo dentro do governo não deverá cessar. Na avaliação de integrantes da equipe de Lula, os projetos políticos pessoais de alguns ministros estão dando fôlego aos ataques à política econômica e poderão se intensificar daqui para frente. Ontem, por cerca de dez minutos, Lula falou à imprensa após almoço num hotel de Macapá. Aproveitou para pedir o fim das especulações em torno da saída ou não do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). Isso é bobagem. Não especulem sobre isso, meus filhos. As informações sobre a troca de Palocci, que poderia deixar o cargo para ser candidato a deputado federal, foram transmitidas à mídia por vários dos participantes da reunião de ontem. No encontro, o titular da Fazenda ficou isolado após ser escrutinado sobre a derrapagem da política econômica. Além disso, Palocci também ainda sofre resquícios das acusações que o envolve a supostas irregularidades quando foi prefeito de Ribeirão Preto (SP). Também estão cotados para deixar o governo os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Saraiva Felipe (Saúde), que devem disputar o governo do Amazonas e uma vaga na Câmara dos Deputados, respectivamente. No jantar no Torto, que foi muito rápido, Lula teve à mesa Palocci, Dilma Rousseff (Casa Civil), Jaques Wagner (coordenador político) e o vice-presidente José Alencar. Em Macapá, Lula economizou palavras sobre as reuniões com os ministros. O que tinha de ser plantado já foi plantado. Agora no próximo ano nós vamos colher o que nós plantamos. No dia anterior, porém, deixou claro que quer mais visibilidade para as realizações do seu governo. Essas realizações, como o programa Bolsa-Família e a ampliação do crédito com desconto em folha, deverão ser citadas na campanha eleitoral.

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