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D�ficit do INSS aumenta 15,3% e beira R$ 6 bilh�es

Brasília - O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acumulado de janeiro a abril deste ano atingiu R$ 5,938 bilhões. Essa diferença entre arrecadação e pagamentos mostra um aumento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2002, quando a necessidade de financiamento do INSS foi de R$ 5,150 bilhões. Em abril, quarto mês do governo Luiz Inácio Lula da Silva, as contas do INSS registraram um déficit de R$ 1,521 bilhão. Esse resultado é 22,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, que atingiu R$ 1,244 bilhão. O déficit de abril pode ser explicado pela diferença entre a arrecadação e os pagamentos feitos pelo INSS. No mês passado, foram arrecadados R$ 5,850 bilhões, um montante inferior ao total de gastos com o pagamento de benefícios, que totalizaram R$ 7,371 bilhões. Em abril de 2002, as receitas foram 8,8% superiores, atingindo R$ 6,411 bilhões, enquanto os pagamentos somaram R$ 7,655 bilhões. Segundo a Previdência, o déficit registrado em abril é resultado da piora do mercado de trabalho formal. ?Apesar de várias pesquisas estarem apontando um pequeno aumento no número de trabalhadores com carteira assinada, a queda na arrecadação líquida do INSS reflete redução da massa salarial?, disse o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer. As informações são da AgPrev. Ele explicou que a redução da massa salarial impacta negativamente as contas da Previdência porque as principais fontes de recursos do INSS são o recolhimento de 20% sobre a folha salarial das empresas, a chamada cota patronal e a contribuição que incide sobre os salários dos trabalhadores formais. ?Um retorno do crescimento econômico que traga melhoria dos salários reais vai ajudar na recuperação financeira do INSS?, disse o secretário.