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Diplomacia

Bolsonaro anuncia isenção de visto para chineses

Atualmente cerca de 60 mil pessoas do país asiático visitam o Brasil todos os anos

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Presidente Bolsonaro está desde ontem na China, segundo país em seu giro pela Ásia
Presidente Bolsonaro está desde ontem na China, segundo país em seu giro pela Ásia -

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem, durante sua viagem à China, que o governo vai isentar os pedidos de visto para a entrada de chineses no Brasil. Ainda não há uma data definida para a entrada em vigor da medida, e o governo não disse se vai haver reciprocidade do procedimento para os brasileiros que queiram viajar para a China. Atualmente, 60 mil chineses visitam o Brasil por ano. O foco da isenção será lazer e negócios. De acordo com a Embratur, a China é o país com maior número de turistas viajando pelo mundo, com cerca de 141 milhões de chineses viajando ao exterior anualmente. A estimativa é de que, em 2030, sejam mais de 300 milhões de chineses viajando anualmente. O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, disse que a medida vai expandir o número de chineses que visitam o Brasil. “É um passo importantíssimo para o nosso projeto de expandir o número de turistas estrangeiros que visitam o Brasil. Vimos o sucesso que a isenção teve em outros países como os Estados Unidos, por exemplo.” A isenção de visto para a entrada de estrangeiros no país já vale para cidadãos dos Estados Unidos, Austrália, Japão e Canadá, sem a reciprocidade, o que faz com que os brasileiros tenham que ter visto para entrar nesses países. De acordo com o governo, dados preliminares apontam o crescimento da entrada de turistas americanos, canadenses e australianos em 25%.

VIAGEM

Bolsonaro desembarcou, ontem em Pequim, na China, o segundo país no giro presidencial pela Ásia e Oriente Médio. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e também um dos principais fornecedores de investimento em áreas cruciais, como infraestrutura e energia, prioridades do governo. Em 2018, o fluxo de comércio com o país asiático alcançou a marca histórica de US$ 98,9 bilhões. O primeiro compromisso de Bolsonaro foi uma visita à Grande Muralha da China. Em seguida, o presidente e os ministros se reuniram com empresários chineses em um evento organizado pelo presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Na China, mais ministros brasileiros se juntaram à comitiva presidencial, como a da Agricultura, Tereza Cristina, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois já estavam no país em reuniões com autoridades e empresários para tratar de oportunidades e aprofundamento das relações comerciais. Para Albuquerque, a abertura do mercado de gás no Brasil, por exemplo, deve atrair mais investimentos chineses. “No setor de mineração, há empresas chinesas fazendo investimento no Brasil, principalmente na área de fosfato e nióbio e também de petróleo e gás, com exploração tanto no off-shore quanto no on-shore, em terra e no mar. E acreditamos que agora, com a abertura do mercado de gás, a China terá uma importante participação, principalmente na infraestrutura nesse importante setor, para a reindustrialização do país”, disse, em vídeo divulgado nas redes sociais da Presidência. Bolsonaro participará do Seminário Empresarial 45 anos construindo laços bilaterais, dirigido a empresários brasileiros e chineses. No Grande Palácio do Povo, estão previstos encontros com o presidente Xi Jinping, com o primeiro-ministro Li Keqiang e com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Li Zhanshu, bem como uma cerimônia de assinatura de atos bilaterais. À noite, está previsto jantar a ser oferecido pelo presidente Xi Jinping em homenagem ao presidente brasileiro.

JAPÃO

O tour do presidente Bolsonaro começou pelo Japão, onde esteve acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Ele se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na busca por novos negócios com o país asiático, para exportação de carne brasileira e acordos em ciência e tecnologia. Segundo o presidente, Abe manifestou apoio à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O presidente participou de evento com a comunidade brasileira no Japão e também levou às autoridades as suas necessidades. Mais de 200 mil brasileiros vivem no país, ficando atrás apenas das colônias brasileiras nos Estados Unidos e no Paraguai. Ele ainda se encontrou com o príncipe Charles, da Inglaterra.

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