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Governo muda as regras em transplante de f�gado

Brasília Resolução do Ministério da Saúde alterou regras de inclusão de pacientes na fila para transplantes de fígado. A atual lista única, válida para todo o Brasil e preparada de acordo com a ordem de inscrição, não será alterada. Mas, a partir de agora, a entrada de um paciente na fila não dependerá exclusivamente de indicação dos médicos da equipe de transplantes. Cada Estado deverá montar uma Câmara Técnica, num prazo de 30 dias. O paciente com diagnóstico para transplante somente terá o nome incluído na lista, se for aprovado pela câmara técnica. A câmara será composta por um coordenador, um representante do conselho de medicina, além de hepatologistas e gastros escolhidos pelo gestor estadual do Sistema Único de Saúde. Também haverá um representante da equipe de transplante. O nome do paciente e do médico não serão revelados. Os integrantes da câmara terão de analisar o caso apenas com base no histórico clínico e exames. A iniciativa pretende evitar a inscrição precoce de pessoas que não necessitariam imediatamente de um novo órgão, mas entram na fila só para segurar a vaga. O coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Alberto Beltrami, explica que um paciente com hepatite C pode vir a desenvolver cirrose, o que recomendaria um transplante de fígado. Mas não é uma doença que evolua rápido, às vezes leva até 20 anos para chegar a uma cirrose.