MILHARES PROTESTAM EM SEGUNDA GREVE NA COLÔMBIA
A primeira greve geral na Colômbia reuniu 250 mil pessoas na semana passada
Por Folhapress | Edição do dia 28/11/2019 - Matéria atualizada em 28/11/2019 às 06h00
Atendendo à segunda convocação de greve geral, milhares de colombianos se reuniram em diversas cidades do país em um grande protesto contra o governo do presidente Iván Duque nesta quarta (27) à tarde. A marcha foi chamada após a reunião das centrais sindicais com o mandatário no dia anterior não trazer resultados satisfatórios, segundo os líderes. Foi o sétimo dia seguido de manifestações em Bogotá e em outros municípios, como Cali. A primeira grande greve nacional reuniu 250 mil pessoas na quinta (20). Os manifestantes protestam contra propostas econômicas -como o aumento da idade da aposentadoria e o corte do salário mínimo para os jovens- que o presidente Iván Duque nega apoiar. Também são criticados a falta de ação do governo no combate à corrupção e os assassinatos de centenas de ativistas de direitos humanos. As marchas atraíram milhares de pessoas que manifestaram de forma pacífica, caso de Cali, Barranquilla e Cartagena, que foram elogiadas pelos políticos locais. Em outras cidades, houve episódios de destruição de estações de transporte público e de uso de gás lacrimogêneo por parte da polícia. No sábado (18), os atos tomaram um rumo sombrio quando o manifestante Dilan Cruz, de 18 anos, foi fatalmente ferido por um cartucho de gás lacrimogêneo disparado pela polícia de choque. Ele morreu dois dias depois e se tornou um símbolo dos protestos e do excesso de força da tropa de choque, a Esmad. Em vários atos pelo país os manifestantes cantaram "Dilan não morreu, Dilan foi morto", em crítica à atuação das forças de segurança. O prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, afirmou a jornalistas que o Esmad seria ativado em caso de distúrbios.