Nacional
Calheiros defende cruzada contra uso de armas no Brasil

Brasília ? Das pessoas armadas que reagem a assaltados 86% são atingidas. Na década de 90, 3 milhões de pessoas no mundo foram mortas por armas de fogo. No Brasil foram 270 mil vítimas. Aqui as pessoas têm 3 vezes mais chances de morrer por uma arma de fogo do que qualquer pessoa do mundo, apesar de não estarmos em guerra. 89% dos crimes no Brasil são cometidos com utilização de arma de fogo. Estes e outros números impressionantes estão sendo usados pelo senador Renan Calheiros para reaquecer o debate sobre a proibição da venda e uso de armas no País. ?Os números das tragédias sucessivas são fartos e nos conferem títulos vergonhosos e humilhantes?, diz o senador. Depois de reapresentar proposta neste sentido, o Líder do PMDB foi ao Plenário do Senado, quarta-feira, 28, defender a realização de um plebiscito para que a população decida se quer ou não manter a venda e o uso de armas. De acordo com Renan, ?o uso da arma pelo cidadão é, antes de ser um instrumento para sua proteção individual, uma causa de sua morte prematura?. Contrabando Um dos maiores problemas das armas é o contrabando, conforme estudos realizados pelo senador, que foi Ministro da Justiça. Ele descobriu que os quatro maiores fabricantes nacionais exportam 90% de sua produção, que acaba voltando ao País de forma ilegal. ?Não tenho dúvidas de que é preciso agir tanto no sentido de reforçar o controle de entrada e saída de armas no País, dificultando e reduzindo ao máximo o seu acesso pelo banditismo?, afirmou. Segundo Renan, há hoje no Brasil mais de 20 milhões de armas sem registro e apenas 1,7 milhão legalizadas. Um dos maiores problemas das armas é o contrabando, conforme estudos realizados pelo senador, que foi Ministro da Justiça. Ele descobriu que os quatro maiores fabricantes nacionais exportam 90% de sua produção, que acaba voltando ao País de forma ilegal.