Nacional
M�dicos querem vetar cursos

Representantes de 1.200 entidades médicas apresentaram ontem a Carta de Brasília, um documento com as principais reivindicações e sugestões da categoria para a área de saúde. Uma das maiores reivindicações do grupo é a interrupção da abertura de novos cursos de medicina, por dez anos, como prevê um projeto de lei do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Representantes das associações garantem que parte dos cursos não apresentam condições adequadas para formar profissionais. ?Há uma série de indicadores de que os cursos hoje não estão habilitados para formar bons médicos?, afirma o presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses de Paiva. Entre os problemas estão a falta de hospitais-escola bem equipados, corpo docente sem capacitação adequada e ausência de projeto educacional. Paiva considera essencial o bloqueio da abertura de novos cursos para que um diagnóstico do problema seja feito. ?Processo semelhante foi realizado nos Estados Unidos na década de 20. Não vejo motivo para espanto?. Verbas A Carta de Brasília também enfatizou a necessidade de melhorar o gerenciamento de verbas para o setor público de saúde e de mudança de alguns aspectos na área de saúde suplementar. ?Há uma insatisfação geral, tanto de profissionais quanto de pacientes. É preciso reavaliar, sobretudo, as regras definidas para planos de saúde?, disse Paiva. Além da saúde suplementar, planos de saúde e da situação do SUS, na carta médicos abordam a crise dos hospitais universitários. ?Nossa intenção com o documento foi aproximar a categoria da frente parlamentar de saúde?, conta Paiva.