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Lula re�ne-se com intelectuais em SP para tentar aliviar press�o

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São Paulo ? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ontem, em São Paulo, um grupo de intelectuais ligados ao PT para tentar aliviar a pressão de diversos setores da sociedade. Ouvindo as preocupações dos presentes, Lula confessou que a inquietação também faz parte do cotidiano dele. ?Acho que a pessoa mais aflita do Brasil sou eu?, afirmou, segundo contou um dos participantes do encontro. Ele voltou a pedir paciência: ?Se você ficar debaixo da árvore, esperando que ela dê frutos, você ficará impaciente?, disse. Lula, ao lado do ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, e do chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, foi questionado sobre quando a taxa de juro baixará. Usando as recorrentes metáforas, voltou a prometer: ?Há um tempo de plantar e um tempo de colher, e esse tempo de colher e esse tempo de colheita está mais próximo do que nós podemos imaginar?, disse. Pelo menos metade dos 22 intelectuais expôs as inquietações. Além da política econômica recessiva, entraram no rol de preocupações a comunicação do governo com a sociedade, a relação com o Judiciário e até a soberania da Amazônia. Palocci só falou após a exposição deles e, segundo afirmaram alguns, foi convincente ao explicar a atual política econômica. ?Eu saio mais animada e mais esperançada dessa reunião?, disse Maria Victória. ?Ainda estamos numa fase de transição no que diz respeito a política macroeconômica, mas esta fase será, pelo que nós debatemos, mais curta do que os mais pessimistas pensariam.? ?Puxão de orelhas? Criado para servir como uma espécie de bússola do Planalto, o grupo tem como coordenador o presidente do Instituto Cidadania, entidade ligada à legenda, Paulo Vannuchi. Muitos dos integrantes do instituto demonstravam o descontentamento com as ações da administração Lula. Antes de entrar na audiência, a filósofa Marilena Chauí brincou: ?Vim dar um puxão de orelhas no presidente.? Na semana passada, o geógrafo Aziz Ab?Saber, presente ontem na reunião, criticou o presidente, numa palestra realizada na Universidade de São Paulo (USP) que tinha como convidada a senadora Heloísa Helena (PT-AL), ameaçada de expulsão da sigla por indisciplina partidária. ?Lula é meu amigo, sou fiel aos meus amigos, mas ele está errando?, disse Ab?Saber, naquela ocasião. Mas o clima ontem, segundo os participantes do encontro, não foi de confronto e sim de diálogo. Maria Victória tentou resumir a sensação: ?Eu gostaria que, no dia seguinte da posse, nós tivéssemos uma solução para os gravíssimos problemas da justiça social, dos desequilíbrios regionais, econômicos, culturais. Nós não estaríamos sendo humanos se não desejássemos. Mas, entre os desejo e o mínimo de racionalidade, há um espaço grande e, então, nós entendemos que há um prazo para a mudança.?

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