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Lula � vaiado por sindicalistas�ao falar sobre reformas em SP

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São Paulo ? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu vaias pela primeira vez desde que assumiu a Presidência, ao discursar para uma platéia de sindicalistas da CUT, central ligada ao PT, ontem, em São Paulo. As vaias vieram de integrantes do PSTU, partido mais à esquerda que o PT do presidente Lula. Esta ala representava cerca de um terço da platéia de quase 3.000 delegados que participavam do 8º Congresso da Central Única dos Trabalhadores. Também havia faixas críticas às reformas. Já a maioria do auditório, cerca de dois terços, aplaudiu fortemente o presidente e gritou mais de uma vez o slogan ?Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula?. Representavam a tendência Articulação, à qual pertencem Lula e o atual presidente da CUT, João Felício. ?Não me preocupo com vaias, porque acho tão importantes quanto os aplausos?, respondeu o presidente no discurso inflamado, lembrando que foi vaiado ao criar o PT e a própria CUT. Na véspera, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, já havia sido recebido sob vaiado pelos sindicalistas. A recepção a Lula contrasta com pesquisa de opinião divulgada na terça-feira que mostrou aumento da aprovação do governo e crescimento da popularidade pessoal do presdiente. Contra reformas Com duas alas de posições opostas, a tensão era nítida no Palácio das Convenções do Anhembi, local do evento. A cada possibilidade de vaia contra Lula, a ala majoritária aplaudia insistemente. Quando não vaiava, a ala ?esquerdista? ficava em silêncio. O descontentamento ocorreu principalmente quando Lula mencionou as reformas e um novo plano de cargos e salários para os funcionários públicos. No discurso inflamado de cerca de 15 minutos, Lula afirmou que o julgamento de sua atuação como presidente era precoce e que os descontentes precisavam tomar cuidado para não ?se afogar? nos gritos. ?Temos apenas cinco meses de governo, e se eu fosse uma criança no ventre de minha mãe, ainda faltariam quatro meses para as pessoas dizerem se sou bonito ou feio?, disse Lula. ?Portanto, não vamos bater os braços nem gritar desesperados porque pode-se morrer afogado desnecessariamente.? Emocionado, Lula lembrou ser nordestino e ex-torneiro mecânico ?que perdeu três eleições e não desistiu? e que não esquece ?nenhuma das coisas que assumiu?. João Felício, que discursou antes de Lula, parecia tentar conter os ânimos ao elogiar o passado sindical do presidente Lula e chamá-lo de ?irmão?. Após o evento, afirmou aos repórteres que ?as divergências são naturais? e ?quando houver divergências, vamos dizer? ao governo. Pouco antes da entrada de Lula no auditório, a professora Lourdes Alves, da ala ?esquerdista?, disse: ?Eu também votei nele (Lula) mas vou vaiar assim mesmo.? Entre as faixas contrárias às reformas, uma delas dizia: ?Abaixo as reformas neoliberais do governo burguês Lula/FMI?, assinada pela Liga Bolchevique Internacionalista.Outras faixas criticavam a privatização da Previdência, e os sindicalistas gritaram palavras de ordem como ?Um, dois, três; quatro, cinco, mil. Ou param as reformas ou paramos o Brasil?, ou ainda ?Pequenininha, pequenininha a oposição cabe dentro de um Fusquinha?.

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