Nacional
Governo decide unificar programas da �rea social

Brasília - Depois de meses de discussão, a Câmara de Política Social decidiu fundir os seis programas de transferência de renda do governo num só com piso de R$ 50, o valor atualmente pago pelo Fome Zero. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai convocar todos os governadores para propor uma integração entre os programas federais e os estaduais. O objetivo do governo, caso essa integração saia mesmo do papel, é evitar que famílias que já recebem dinheiro de programas estaduais também sejam beneficiadas com recursos federais. É uma forma de fazer ?render? o dinheiro da União e dos Estados. Aspecto político Há também o aspecto político dessa integração. Caso isso ocorra, os governadores, pelo menos em tese, participarão do que o presidente Lula considera sua prioridade: a área social. Após a reunião de ontem, que durou três horas, o porta-voz da Presidência, André Singer, afirmou que haverá uma fase de transição para o novo modelo e assegurou que nenhuma família, que hoje já recebe dinheiro do governo, perderá pelo menos um dos benefícios que recebe. Hoje o valor máximo pago por programa é R$ 45. No entanto, há famílias (não se sabe quantas) que recebem mais de um benefício. O valor pode chegar a R$ 140. Ninguém receberá dinheiro sem dar uma ?contrapartida? ao governo. As principais são a frequência escolar de crianças de 7 a 14 anos e assiduidade nos postos de saúde. O presidente Lula e o ministro José Dirceu (Casa-Civil), coordenador da Câmara, presidiram a reunião. Pelo menos 20 ministros participaram. Miriam Belchior, assessora especial da Presidência e coordenadora dos programas sociais no âmbito da Câmara, também esteve presente.