loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sábado, 05/07/2025 | Ano | Nº 6004
Maceió, AL
28° Tempo
Home > Nacional

Nacional

Reitor ficou amarrado e encapuzado em cativeiro

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Recife ? O reitor da UPE (Universidade de Pernambuco), Emanuel Dias de Oliveira e Silva, 53, sequestrado no dia 3 e libertado quinta-feira, após pagamento de resgate, afirmou ontem, no Recife, que permaneceu a maior parte do tempo no cativeiro encapuzado e amarrado em uma cadeira. Os sequestradores o levaram para uma casa e o deixaram em um pequeno banheiro em obras. Ali, era alimentado basicamente com pão e água. Só no domingo, quando o resgate foi pago, recebeu um prato de comida e pôde fazer a barba. ?A pior coisa era pensar se iria ou não sair vivo dali?, disse Silva, em entrevista coletiva concedida no auditório da UPE, instituição estadual que mantém 20 mil alunos em 34 cursos. O educador foi recebido com festa no campus. Várias faixas de boas-vindas foram estendidas no local. O reitor afirmou que não sabe o valor do resgate pago. Declarou também que os criminosos deram indícios de que não sabiam quem haviam sequestrado. ?Eles disseram que eu estava no lugar errado, na hora errada.? Silva foi sequestrado quando retornava para sua casa, às 18h30. O BMW que dirigia foi interceptado por um Vectra verde e um Marea prata, em uma rua de acesso à praia de Boa Viagem, zona sul da capital. Seis homens armados o retiraram do carro, o colocaram no banco traseiro do Vectra e fugiram em seguida. O educador calcula ter rodado cerca de 40 minutos na cidade, antes de ser forçado a trocar de carro e entrar no porta-malas de outro veículo. Minutos depois, outra troca foi feita, sempre sob a mira de um revólver. No cativeiro, Silva disse que, inicialmente, foi amarrado à cadeira com cordas. Ele afirmou que tentou afrouxar os nós com os dentes, mas os criminosos perceberam a manobra e substituíram as cordas por fios de aço. Ainda de acordo com o reitor, os sequestradores evitavam conversar, supostamente para dificultar a identificação do grupo. Disse que ouvia diariamente músicas bregas tocando na casa e um aparelho de TV ligado. Silva afirmou que era obrigado a falar com seus parentes no telefone para comprovar que estava vivo.

Relacionadas