São Paulo – A lista de prédios da Justiça alvos de atentados ganhou mais um item ontem – o  sétimo desde o dia 19 de fevereiro. Por volta das 10h20, o Fórum  Regional de Itaquera, na zona leste de São Paulo, foi metralhado por quatro homens em duas motos. Quatro pessoas ficaram feridas, duas com tiros de raspão e duas com estilhaços do vidro da porta principal do prédio, que recebeu pelo menos sete tiros. Pouco depois, policiais militares prenderam dois homens, que teriam participado do atentado. Os suspeitos estavam numa moto Honda CB-400, vermelha, a menos de três quilômetros do fórum. Com eles a polícia apreendeu uma metralhadora URU, calibre 9 milímetros, de fabricação nacional, e dois pentes, de 30 balas cada. Um deles estava vazio, mas a polícia não sabe se todos os cartuchos foram usados no atentado. São as primeiras prisões de suspeitos pelos atentados aos fóruns. Mais tarde, teria sido preso um terceiro suspeito, reconhecido e denunciado por uma testemunha. Dos dois primeiros detidos, um é menor e alegou que não sabia que iria participar do atentado. Ele seria piloto da moto. Os disparos teriam sido feitos pelo rapaz na garupa, que se identificou aos policiais do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) como Marcelo Moreno - a verdadeira identidade é investigada. Entre os feridos, está o advogado Florisvaldo Fernandes Rodrigues, que levou um tiro de raspão. “Os bandidos passaram em duas motos atirando”, conta. “Acho que a bala ricocheteou antes de me atingir”.