Nacional
CNI e centrais sindicais unem-se para discutir reforma trabalhista

Brasília ? Numa aliança inédita entre patrões e empregados no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as principais centrais do País sentarão juntas para se antecipar ao governo na discussão da reforma trabalhista. O primeiro encontro da entidade patronal com os presidentes das centrais sindicais ocorrerá hoje, em Brasília, segundo o presidente da CNI, Armando Monteiro. A reforma trabalhista está prevista para 2004 e a discussão deve ocorrer num fórum nacional tripartite, que incluirá trabalhadores, empresários e governo, mas que ainda não foi instalado. Mas a CNI preferiu iniciar a discussão com os sindicalistas antes da instalação do fórum. ?Chamamos as centrais sindicais para uma reunião que ocorrerá amanhã, na CNI às 10 horas, com os presidentes das cinco principais centrais sindicais, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Força Sindical, Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e Social-Democracia Sindical (SDS)?, disse Monteiro hoje, durante a manifestação dos empresários por mudanças na reforma tributária. ?Nossa compreensão é de que devemos já ir adiantando, tentar estabelecer uma agenda mínima comum, para que, quando sentarmos com o fórum, já possamos produzir alguma convergência, algum entendimento?, acrescentou. Em Curitibaa, o secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Social, ministro Tarso Genro, disse ontem que os empresários podem negociar a reforma tributária com o Congresso Nacional tendo a certeza de que a carga tributária não será aumentada. ?O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social é solidário com esse item da mobilização dos empresários e se colocou publicamente como fiador e depositário desse acordo em nome do governo?, afirmou.