Nacional
Genoino critica St�dile e defende negocia��es

São Paulo - O presidente do PT, José Genoino, disse ontem que não aprova invasões fora da lei e que discorda do dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) João Pedro Stédile, que disse que os sem-terra não podem dormir enquanto não acabarem com os fazendeiros latifundiários do país. Genoino reafirmou a posição do partido pela negociação, canal pelo qual, segundo ele, as soluções podem ser encontradas. - O PT não aprova invasões fora da lei, que afetem a ordem democrática e jurídica do país. Nós achamos que a causa da luta pela moradia é nobre, nós apoiamos. Mas certos métodos não são corretos. Discordamos das declarações do dirigente do MST, o (João Pedro) Stédile, em relação a esse processo. Nós achamos que negociações podem ser feitas, soluções devem ser encontradas sem ferir a ordem legal e a ordem jurídica do país - disse Genoino, que participa do seminário organizado pelo PT de São Paulo para discutir a reforma da Previdência. O presidente nacional do PT disse, ao chegar para a abertura do seminário, que havia acabado de conversar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre a situação dos sem-teto que ocupam um terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo. - Transmitimos a ele o apelo do Partido dos Trabalhadores para uma solução negociada, que garanta a negociação com os movimentos, busque uma solução. E os movimentos precisam também ceder. É isso que nós estamos trabalhando - afirmou. Perguntado sobre a possibilidade de estar havendo infiltrações nos movimentos sociais, como o dos sem-terra e dos sem-teto, que instigariam para a radicalização com o objetivo de desgastar o governo, Genoino foi taxativo: - Não tenho essa informação.