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Pa�s vaia deputados favor�veis � reforma

Porto Alegre, 08 (AE) - Uma manifestação promovida ontem pela Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul (Fessergs), em Porto Alegre, mostrou que a marcação sobre os parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência será implacável. Junto com os discursos contra a proposta de emenda constitucional (PEC) e pedidos de reposição salarial, a pauta incluiu o momento da execração. Os nomes dos 15 deputados federais gaúchos que disseram sim ao projeto do governo federal foram lidos solenemente, um a um, para que fossem vaiados e chamados de traidores pelos 500 participantes do ato. Entre os integrantes da lista, estavam sete petistas, acostumados, até há pouco, a serem tratados como aliados do funcionalismo, com quem dividiram, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o combate às reformas e às privatizações. A vaia pôs na mesma posição deputados de diversas tendências, como Adão Pretto (PT), Beto Albuquerque (PSB), Darcísio Perondi (PMDB), êrico Ribeiro (PP) e Nelson Proença (PPS), homens que não comungam do mesmo ideal político e que se enfrentaram diversas vezes nos embates parlamentares. Além da leitura dos nomes para a vaia com hora marcada, todos os deputados terão as fotos exibidas nas capas dos jornais dos 11 sindicatos filiados à Fessergs e num painel erguido no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha. ?Vamos denunciar, publicamente, os traidores do funcionalismo público?, confirma o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud. Os petistas não gostaram da iniciativa dos sindicatos, mas afirmam que acatarão, democraticamente, as manifestações. ?Fico entristecida, mas respeito a exposição do nome como uma crítica política, que é legítima?, diz a deputada Maria do Rosário (PT). ?A exposição gera um desconforto?, reconhece Henrique Fontana (PT).