Governos do Mercosul discutem a��es para idosos

Brasília - Integrantes de governos dos países do Mercosul estão reunidos em Brasília para discutir programas que garantam qualidade de vida aos idosos no 3º Encontro Mercosul sobre Terceira Idade, (Mercoseti), em Brasília, desde ontem e até quinta-feira. A iniciativa se explica: até 2050, a previsão é de que existam no mundo 2 bilhões de pessoas com mais de 65 anos. Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já em 2025 deverá ser um dos países do mundo com maior número de pessoas idosas. ?Os princípios em favor do idoso já estão definidos, mas é preciso tirá-los do papel e colocá-los em prática?, defende o sub-secretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano. O sub-secretário afirma que o Brasil deverá contar com duas novas ferramentas para colocar os programas em prática: a aprovação do Estatuto do Idoso e a criação de indicadores que permitam acompanhar a execução de programas por Estados e municípios. Ele estima que o estatuto deva ser aprovado por parlamentares nos próximos dois meses. Convênio Os indicadores serão formados a partir de um convênio que deverá ser feito com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. ?Atualmente, não há como avaliar se recursos destinados a programas destinados à terceira idade são bem aplicados. Com a criação dos indicadores, teremos condições de verificar a eficácia e o alcance dos trabalhos.? Conselhos Cipriano entende que é imprescindível incentivar a criação de conselhos municipais e estaduais de idosos. Hoje, existem 16 conselhos estaduais. Na esfera federal, disse, a tática será adotar políticas públicas voltadas para terceira idade em todos os ministérios. ?Não é assunto de uma pasta só. Todos estarão envolvidos.? O Mercoseti reúne ainda participantes de Portugal e Espanha. Ao fim do encontro, integrantes dos governos devem preparar um documento, com políticas de defesa e proteção para integrantes da terceira idade.