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Nº 5814
Nacional

Viol�ncia nas escolas brasileiras

Brasília – Em pelo menos quatorze capitais brasileiras, as escolas públicas e privadas deixaram  de ser um refúgio da violência urbana para abrigar casos de agressões verbais, físicas e sexuais. Nessas cidades, entre 2% e 7% dos alunos têm ou já tiveram u

Por | Edição do dia 26/03/2002 - Matéria atualizada em 26/03/2002 às 00h00

Brasília – Em pelo menos quatorze capitais brasileiras, as escolas públicas e privadas deixaram  de ser um refúgio da violência urbana para abrigar casos de agressões verbais, físicas e sexuais. Nessas cidades, entre 2% e 7% dos alunos têm ou já tiveram uma arma de fogo. Entre 5% e 14% dos jovens sabem onde comprar armas. Desses, a maioria diz que as armas são facilmente obtidas perto da escola e usadas para fins violentos na própria instituição. Esse é um dos resultados de uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre violência na escola. No total, foram colhidas respostas de quase 47 mil alunos, pais, professores e funcionários de 239 escolas públicas e 101 escolas privadas. As amostras são representativas de todas as escolas – públicas e privadas – das capitais. A ocorrência de tiros dentro da escola foi mais relatada pelos alunos da rede pública. Em São Paulo, por exemplo, 37% dos alunos de escolas públicas afirmaram que já houve tiros dentro ou perto da escola. Nas escolas privadas, o número cai para 12%. No entanto, esse padrão não se repete em todas as capitais. A exceção é o Rio de Janeiro, onde 16% dos jovens da rede particular e 13% da rede pública relataram a ocorrência de tiros. Em Goiânia, Manaus e Fortaleza, a incidência é quase igual para escolas públicas e particulares. “O temor é tanto que as aulas são paradas para chamar a polícia porque um aluno está brincando com uma arma de brinquedo”, disse Miriam Abramovay, coordenadora do estudo. Segundo ela, escolas depredadas, mal-iluminadas e vizinhanças perigosas influem na segurança da escola.

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