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Nº 5791
Nacional

OIT tra�a rota do trabalho escravo no Brasil

Brasília (Agência Brasil) - Com dados do governo federal, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) traçou a rota do trabalho escravo no Brasil. No relatório, o organismo constatou que 159 municípios brasileiros exportam mão-de-obra sem registro para

Por | Edição do dia 10/02/2004 - Matéria atualizada em 10/02/2004 às 00h00

Brasília (Agência Brasil) - Com dados do governo federal, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) traçou a rota do trabalho escravo no Brasil. No relatório, o organismo constatou que 159 municípios brasileiros exportam mão-de-obra sem registro para outras cidades. A coordenadora de combate ao trabalho forçado da OIT, Patrícia Audi, informou que os proprietários de terra vão buscar trabalhadores em lugares distantes para dificultar ao máximo o retorno dessas pessoas à cidade natal. Pobreza Segundo o relatório, o maior exportador desse tipo de mão-de-obra é o Maranhão, com 43 cidades envolvidas. De acordo com o delegado regional do trabalho no estado, Ubirajara do Pindaré, todos esses municípios estão localizados próximo ao Pará, onde está o maior número de trabalhadores libertados. O delegado destacou que o que leva os maranhenses a buscar emprego em outros estados é a falta de oportunidade. “Essa migração acontece pela vulnerabilidade social dos maranhenses, que são abatidos em razão de ser o estado mais pobre da federação. E é exatamente esse grau de pobreza que tem tornado os maranhenses presas fáceis para os aliciadores”, disse. Ainda de acordo com o relatório da OIT, o Piauí, Pará, Mato Grosso, Tocantins, além do Maranhão, possuem 116 municípios que exportam mão-de-obra escrava. O destino desses trabalhadores, na maioria das vezes, é o estado do Pará. Somente em 2003, os fiscais do Ministério do Trabalho libertaram cerca de 1,8 mil trabalhadores. No país, esse número chega a 5 mil brasileiros.

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