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Nº 5759
Nacional

Minist�rio P�blico pede quebra dos sigilos de Waldomiro Diniz

Rio de Janeiro (Agência Folha) - Em mais uma investigação envolvendo bingos no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal pediu ontem a quebra de sigilo  fiscal, bancário e telefônico do ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz. O pedido fo

Por | Edição do dia 20/02/2004 - Matéria atualizada em 20/02/2004 às 00h00

Rio de Janeiro (Agência Folha) - Em mais uma investigação envolvendo bingos no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal pediu ontem a quebra de sigilo  fiscal, bancário e telefônico do ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz. O pedido foi feito pelo procurador José Augusto Vagos, num inquérito iniciado em 2001 para investigar bingos e agentes públicos. O inquérito, ainda em curso, apura suposta movimentação financeira irregular no bingo Scala e se houve omissão da Loterj na fiscalização do jogo. Diniz presidiu a Loterj em 2001 e 2002. O Ministério Público também pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do antecessor de Diniz no cargo, Daniel Homem de Carvalho, que dirigiu o órgão em 1999 e 2000. O pedido de quebra de sigilo é referente ao período em que cada um deles ficou à frente da Loterj. “Que houve omissão da Loterj não há dúvida. Queremos saber agora até onde vai essa omissão”, afirmou o procurador. Diniz foi demitido do governo federal na última sexta, depois da divulgação de um vídeo em que aparece cobrando propina do empresário do bingo Carlos Augusto Pereira Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e pedindo dinheiro para as campanhas de Benedita da Silva (PT) e Rosinha Garotinho (PMDB) ao governo do Rio, em 2002. À época, Diniz presidia a Loterj. A fita chegou ao Ministério Público Federal em Brasília. Desde então, o ex-assessor é alvo de mais duas investigações, uma no Ministério Público Federal no Rio, que apura seu suposto envolvimento em lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, e uma na PF (Polícia Federal), que apura corrupção ativa, passiva e crime eleitoral. Em setembro de 2003, o Ministério Público no Rio conseguiu uma operação de busca e apreensão na sede da Loterj com a alegação da existência de indícios de conivência da estatal com atividades ilícitas dos bingos. A Loterj obteve uma liminar no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e o Ministério Público Federal teve de devolver toda a documentação apreendida. O pedido de quebra dos sigilos de Waldomiro Diniz e de Daniel Homem de Carvalho foi enviado para a 5ª Vara Federal, e deve ser analisado hoje pelo juiz Abel Gomes. Segundo Vagos, há hoje no Rio cerca de 15 inquéritos investigando supostas irregularidades em bingos. Diniz deve prestar depoimento na Polícia Federal (PF) sobre seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira durante o Carnaval, provavelmente em Brasília.

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