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Nº 5824
Nacional

UDR invoca Lei de Seguran�a e pede pris�o do l�der do MST

São Paulo, SP - O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, protocolou ontem na Procuradoria-Geral do Ministério Público Federal em São Paulo, pedido de instauração de inquérito contra o coordenador nacional do Movimen

Por | Edição do dia 30/03/2004 - Matéria atualizada em 30/03/2004 às 00h00

São Paulo, SP - O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, protocolou ontem na Procuradoria-Geral do Ministério Público Federal em São Paulo, pedido de instauração de inquérito contra o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile. No documento, a UDR requer a prisão de Stédile por infração à Lei de Segurança Nacional. Nabhan disse ainda que sua família recebeu ameaças pelo telefone. Ele foi avisado que sua fazenda, em Sandovalina, Pontal do Paranapanema, será invadida. Por isso, con-tou, pedirá proteção à Secretaria de Segurança Pública. “Nós tira-mos nosso sustento daquela fa-zenda e, se forem invadir, vamos nos defender.” Bravatas Para o vice-presidente da República, José Alencar, as declarações do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile de que “incendiaria’’ o país a partir de abril são “bravatas próprias do tipo de movimento que ele representa’’. Advertiu, contudo, que, apesar de democrático, o governo “tem autoridade e não tolerará nenhuma atitude que contrarie a lei’’. O vice argumentou que o país precisa da reforma agrária, mas que “não adianta dar um pedaço de terra para o cidadão’’ e, depois, entregar mensalmente cestas básicas aos assentados. “Por enquanto é apenas uma declaração de intenções”, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Jorge Armando Felix. Nem a ameaça de um “abril vermelho” por parte de Stédile, que anunciou uma ação conjunta com servidores públicos, estudantes e famílias sem-teto, muda a avaliação. “Não é hora de acender a luz vermelha”, afirmou Felix, para quem as ocupações de terra do último fim de semana e de ontem não são suficientes para se fazer previsões. Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, para cobrar explicações sobre o andamento da reforma agrária e analisar a movimentação dos sem-terra.. O encontro, que já estava marcado, ganhou mais importância depois das declarações do líder do MST. Também devem participar da reunião os ministros Luiz Dulci, da Secretaria Geral de Governo, Antonio Palocci, da Fazenda, e José Dirceu, da Casa Civil. CPI O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Terra, vai convocar João Pedro Stédile para explicar, na próxima terça-feira, as declarações feitas no fim de semana. Segundo o senador, se Stédile levar a ferro e fogo tudo o que diz vai provocar uma revolução no país. O tucano acredita que esse tipo de declaração é reflexo da paralisia e da falta de autoridade do governo.

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