Morre baiana que recebeu inje��o de silicone para aumentar n�degas
Salvador A empregada doméstica Rosângela Dantas, de 29 anos, morreu, no início da manhã de ontem, de infecção generalizada, em conseqüência de uma injeção de silicone de carro (usado para limpeza e lubrificação). Ela estava internada há um mês no Hospi
Por | Edição do dia 13/04/2002 - Matéria atualizada em 13/04/2002 às 00h00
Salvador A empregada doméstica Rosângela Dantas, de 29 anos, morreu, no início da manhã de ontem, de infecção generalizada, em conseqüência de uma injeção de silicone de carro (usado para limpeza e lubrificação). Ela estava internada há um mês no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O silicone foi aplicado nas nádegas de Rosângela pelo travesti Édson Lima Matos, o Piroco. Rosângela pretendia aumentar as nádegas e não ouviu os conselhos da mãe, Ieda Dantas, que a reprovou por procurar uma pessoa sem qualquer qualificação médica para a cirurgia plástica. Piroco cobrou R$ 300 pela aplicação de aproximadamente um litro de silicone na mulher e fechou o ferimento da agulha com esmalte de unha. A injeção provocou uma grave infecção nas nádegas de Rosângela, que passou por cinco cirurgias no HGE para a retirada de tecido necrosado, mas não resistiu. Piroco, procurado pela polícia, se apresentou quinta-feira à 5ª Delegacia de Polícia, foi ouvido pela delegada Patrícia Farias e depois liberado, por não ter sido preso em flagrante. Ele chorava muito, pediu desculpas à família da vítima e justificou o ato dizendo ser analfabeto. O travesti será indiciado por homicídio culposo no inquérito aberto pela delegada. Patrícia também ouviu um travesti conhecido como Érica, que recebeu injeções de silicone, mas não teve maiores problemas. Érica contou que para fechar os ferimentos Piroco também utilizava cola Superbonder. A polícia descobriu outra vítima do travesti: o homossexual Carlos Castro, que precisou extrair os seios por causa da infecção provocada pelo silicone.