Petr�leo tem nova alta e causa tens�o

A semana começou tensa no mercado financeiro. Os investidores ficaram mais preocupados com o clima de insegurança mundial, após o assassinato de um líder iraquiano, explosões de bombas em bancos na Turquia e ameaças de sabotagem em refinarias no Oriente Médio. Há o medo de que um novo choque do petróleo provoque inflação e prejudique o crescimento da economia global. Ontem, o barril voltou a bater recorde histórico, encostando em US$ 42, com cotação de US$ 41,55. O dólar subiu 1,06% e terminou vendido a R$ 3,125, após atingir máxima de R$ 3,136 (+1,42%). Já o principal índice da Bovespa fechou em queda de 2,63%, aos 18.122 pontos. O risco-Brasil, que mede a desconfiança do investidor estrangeiro no País, avançou 2,55%, aos 722 pontos. Os juros futuros subiram na BM&F, e os títulos da dívida externa do País se desvalorizaram. Nos mercados emergentes, a Bolsa da Índia, a mais antiga da Ásia, teve a maior queda de sua história, desabando mais de 11%, com o temor de um recuo na política econômica com um novo governo. Já a Bolsa de Buenos Aires despencou 6,71%. As turbulências ocorrem na semana em que o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros para amanhã. Espera-se novo corte de 0,25 ponto percentual. Mas há quem aposte na manutenção da taxa em 16% ao ano. A cautela seria justificada pela incerteza exter-na diante do recorde do petró-leo, da previsão de uma alta dos juros dos EUA em breve e da perspectiva de cresci-mento menor da China, tercei-ro maior parceiro comercial do Brasil.