São Paulo - O médico pessoal de Diego Maradona, Alfredo Cahe, disse ontem, ao jornal argentino La Nación, que o ex-jogador continuará seu tratamento para se livrar do vício em cocaína na Argentina, pelo menos nas próximas semanas. Com isso, Cahe descartou uma possível transferência de Maradona para uma clínica brasileira, como foi cogitado nas últimas semanas. “Por enquanto, Diego vai continuar na Argentina porque comprovamos que não existe outro lugar no mundo com o nível de psiquiatria que existe aqui. Ele não quer ir para outro lugar, se sente bem e está acei-tando o tratamento. Por isso, não vejo razão para que ele saia do país imediatamente”, explicou Cahe. O ex-capitão da seleção argentina está internado desde o dia 9 de maio em uma clínica psiquiátrica nos arredores de Buenos Aires. Antes, ele foi internado no dia 18 de abril, com uma crise de hipertensão e miocardiopatia, além de uma infecção pulmonar bilateral, na clínica Suíço-Argentina, em Buenos Aires. Maradona, 43, deverá ficar na Argentina pelo menos mais duas semanas, mas o prazo poderá aumentar para até um mês. Em seguida, em outra fase do tratamento, ele poderá viajar para Cuba, onde se tratou em 2000, ou para a Itália. “Não existe nada definido. O centro de tratamento em Cuba é muito rigoroso e precisamos ver se Diego aceitaria se internar lá”, completou. Segundo Cahe, a transferência de Maradona para outro país em uma próxima etapa do tratamento será importante por causa do assédio da imprensa e dos torcedores. “Nos fins de semana, não podemos deixar a clínica porque nos seguem até de helicóptero”, completou Cahe. O médico ressaltou que Maradona já perdeu aproximadamente 18 quilos – atualmente, pesa 93 kg. Na semana passada, a família de Maradona recusou uma oferta de US$ 500 mil feita por diretores de uma clínica para que ele continuasse o tratamento na Suíça.