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TOSSE FEZ FAMÍLIA BUSCAR RITUAL QUE MATOU CRIANÇA, DIZ ADVOGADO
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Uma tosse persistente foi o que fez a mãe, tia e avós maternos de Maria Fernanda de Camargo, 5, procurarem um líder espiritual para realizar um ritual de cura que terminou com a menina queimada e morta em Frutal, em Minas Gerais. É o que afirma o advogado José Rodrigo Almeida, que faz a defesa da família da criança. Maria Fernanda morreu no dia 24 de março após ter 100% do corpo queimado em ritual religioso. Os quatro familiares da menina e o líder espiritual, como a polícia se referiu a Bruno Santos Fernandes, estão presos desde a última quarta-feira (20). A defesa de Fernandes diz que ele se define como médium espírita umbanda. Segundo Almeida, a família diz que a morte da criança foi um acidente. Após a garota apresentar gripe e tosse que persistia mesmo após tratamento médico, a avó da criança, "que é benzedeira simpatizante de umbanda", diz o advogado, sugeriu que a menina passasse por um ritual de cura. O ritual foi realizado na casa dos avós da criança. Durante o trabalho, o líder espiritual pegou um álcool com ervas medicinais que a avó da criança tinha em casa para benzer a menina. O líquido teria sido colocado nos cabelos, ombros, mãos e pés de Maria Fernanda. Em determinado momento, ao passar uma vela perto do corpo da menina, o fogo teria se alastrado.