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DIRETORA DE CRECHE EM QUE CRIANÇAS FORAM AMARRADAS SE ENTREGA À POLÍCIA
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A Justiça manteve a prisão preventiva de Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, 40, diretora e responsável pela Escola de Ensino Infantil Colmeia Mágica. A escola é investigada por maus-tratos e tortura contra crianças na capital paulista. Roberta, que era considerada foragida da Justiça há mais de um mês, se apresentou ao DP Central de Itaquaquecetuba por volta de 23h30 da quinta (28). Ela passou por audiência de custódia no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. Ao fim da audiência, a investigada entrou em uma viatura e não falou com a imprensa. De acordo com a Polícia Civil, ela será encaminhada para a Cadeia de Itaquaquecetuba e a expectativa é de que seja transferida para a Penitenciária Feminina de Tremembé, em São Paulo, onde sua irmã, a pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme, está presa. A instituição particular é investigada pela polícia após vídeos de crianças amarradas com lençóis serem compartilhados na internet em março. Roberta estava foragida desde que sua prisão havia sido decretada, há pouco mais de um mês. Vídeos feitos com um celular mostraram crianças amarradas com lençóis no banheiro da escola infantil. Em depoimentos anteriores às prisões, as suspeitas negaram conhecimento sobre as cenas de tortura contra crianças. Apesar disso, elas reconheceram o banheiro como sendo da escola infantil. O advogado André Dias disse à Folha de S.Paulo, em março, que o colégio busca descobrir quem fez as gravações e quem colocou as crianças naquela situação. Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia, entre funcionários e pais de alunos. De acordo com professoras e ex-professoras da Colmeia Mágica, as crianças eram colocadas em bebês-conforto, dentro do banheiro, e amarradas com lençóis, quando choravam.