O adolescente que atirou e matou 19 alunos e dois professores em uma escola primária no Texas (EUA), na terça-feira (24), havia acabado de balear a avó antes do massacre.
O governador do estado norte-americano, Greg Abott, chegou a dizer que ela morreu, mas as autoridades corrigiram a informação e ela está internada em estado grave. Ele postou imagens das armas usadas nos crimes em seu perfil nas redes sociais.
Depois do incidente, o atirador Salvador Ramos, 18, foi morto a tiros pelos policiais. Ele era aluno da Uvalde High School, escola próxima da Robby Elementary School, palco dos ataques. A polícia ainda não tem informações sobre as motivações do criminoso.
Segundo o governador do Texas, os investigadores confirmaram que a avó de Ramos foi baleada pelo neto antes de ele ir para a escola. A vítima de 66 anos, foi levada a um hospital e os porta-vozes alegaram que seu estado era crítico. Mas, como o nome da mulher não foi divulgado naquele momento, a polícia começou a averiguar se ela tinha alguma relação com Ramos.
As autoridades norte-americanas também afirmaram que todas as mortes ocorreram em uma única sala, onde o atirador fez uma barricada.
Também foi identificada uma foto de dois fuzis AR-15, postada por uma conta no Instagram ligada a Ramos. A publicação foi feita três dias antes do tiroteio.
De acordo com Abott, a conta do Instagram foi apagada depois do ataque ao colégio. Havia também no feed de publicações imagens de Ramos em estilo autorretrato preto e branco, onde ele aparecia de capuz.
Alguns ex-colegas de classe afirmaram que o perfil na rede social, com o nome de “salv8dor_”, realmente pertencia a Salvador Ramos. Um deles, que era mais próximo do criminoso, relatou que ele lhe enviou imagens de armas e uma bolsa cheia de munições.
Embora tenha parecido estranho, o jovem, que não quis se identificar, tinha uma boa convivência com Ramos e não suspeitava da finalidade das armas apresentadas. “Ele me mandava mensagens várias vezes, e quatro dias atrás ele me enviou uma foto do AR que ele estava usando? e uma mochila cheia de balas, provavelmente sete cartuchos”, contou. “Eu fiquei tipo, ‘mano, por que você tem isso?’ e ele disse: ‘Não se preocupe com isso’. Ele depois me enviou uma mensagem: ‘Estou muito diferente agora. Você não me reconheceria’”.