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Nº 5836
Nacional

CNBB quer auditoria para avaliar d�vida externa

Campinas (SP) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende a realização de uma auditoria independente para avaliar os juros da dívida externa brasileira. A defesa foi feita ontem, durante a apresentação do documento “Exigências evangélicas

Por | Edição do dia 19/04/2002 - Matéria atualizada em 19/04/2002 às 00h00

Campinas (SP) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende a realização de uma auditoria independente para avaliar os juros da dívida externa brasileira. A defesa foi feita ontem, durante a apresentação do documento “Exigências evangélicas e éticas de superação da miséria e da fome’’, na 40ª Assembléia Geral da entidade, em Indaiatuba (SP). Para dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, 71, bispo de Mariana (MG) e presidente da comissão que preparou o documento, “o volume da dívida é um mistério’’. “O crescimento da dívida nos últimos anos foi exorbitante. A dívida é um dos componentes fundamentais para o problema da fome no país. Pessoas competentes precisam analisar o real valor dessa dívida, porque ela está prejudicando diretamente o povo’’. Durante os debates iniciais da CNBB, o grupo de bispos chegou a defender o calote da dívida externa para reversão do valor que seria utilizado no pagamento para programas de combate à fome. “O fato de o calote não constar do texto final não significa que amenizamos o documento. Isso (defesa do calote) pode ser mantido, só que dentro desse processo de discussão e de chamamento para a consciência. A questão é que é preciso repensar os valores para a sociedade e o governo brasileiro saberem o que é melhor para o povo’’. Mesmo a defesa da auditoria da dívida externa não consta do documento, porque o texto tem o objetivo de “chacoalhar a consciência dos católicos. Não é um documento contra o governo’’, segundo dom Luciano. De acordo com o bispo, a fome envolve três questões básicas. “Existe o alimento e o dinheiro, mas essas duas coisas estão concentradas nas mãos de uma minoria. E existe uma dívida externa que sufoca o povo brasileiro. É esse tripé que precisa ser repensado.

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