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Nº 5759
Nacional

Central vai procurar 300 mil condenados em todo o Pa�s

Brasília – O Brasil vai ter uma central de dados sobre pessoas procuradas pela Justiça. Segundo dados oficiais, há cerca de 300 mil pessoas com mandados de prisão decretados que não foram encontradas pelas autoridades policiais. A central, que deverá fica

Por | Edição do dia 19/04/2002 - Matéria atualizada em 19/04/2002 às 00h00

Brasília – O Brasil vai ter uma central de dados sobre pessoas procuradas pela Justiça. Segundo dados oficiais, há cerca de 300 mil pessoas com mandados de prisão decretados que não foram encontradas pelas autoridades policiais. A central, que deverá ficar na Polícia Federal, em Brasília, distribuirá informações para todas as secretarias de Segurança Pública, interligadas entre si. O sistema ainda vai ser definido por técnicos do governo, mas todo o trabalho será em conjunto com as polícias esta-duais. “Vamos trabalhar com mais informações e usando os setores de inteligência”, afirmou o ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. No País, segundo Reale Júnior, 95% das prisões têm sido em flagrante. “Mas temos 300 mil mandados de prisão não cumpridos no País. Por isso é fundamental termos esta central”. O governo pretende investir também no setor penitenciário, privilegiando o regime semi-aberto, que hoje tem apenas 20 mil pessoas, contra 150 mil presos no regime fechado. “Vamos também criar mais centrais de penas alternativas, além das 45 existentes hoje no Brasil”, informou Reale Júnior, que deverá centralizar o controle dos mandados na PF. Ontem o ministro conversou pela manhã com o presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foi decidido ampliar as operações conjuntas entre a PF e as polícias estaduais, como a que foi feita no Rio de Janeiro. “Conversei com o secretário de Segurança fluminense e ele garantiu que os resultados foram excelentes. Por isso, vamos estender a atuação para outros Estados”, disse Reale. Uma das primeiras re-giões a receber reforço da PF será São Paulo. Segundo o ministro, apesar de mencionar o trabalho conjunto, a conversa com Fernando Henrique não tratou da questão da unificação das polícias civil e militar. Mas durante a reunião que teve com superintendentes regionais da PF, o ministro deixou claro que o governo defende esta tese.

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