Chefe do tr�fico � morto em confronto com policiais no RJ

O chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, confirmou ontem que o traficante Irapuan David Lopes, o Gangan, morreu após uma operação no Morro de São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro. Segundo Lins, a polícia já tinha conseguido a confirmação de que ele teria um domicílio no morro há 3 meses, mas que só dormia no local uma vez por semana. “Por volta das 4h nós tivemos a confirmação de que ele estava na Rua Maré Cavalcante, 630, e seguimos para o local com um grupo pequeno de 9 homens para evitar o vazamento de informações”, afirmou. O delegado informou ainda que quando os policiais chegaram ao local, por volta das 5h, o traficante, que estava armado com uma pistola 9 milímetros, reagiu e acabou sendo ferido. “Os traficantes que estavam no entorno da casa começaram uma ofensiva para evitar que o traficante fosse retirado do morro. Nós, então, recebemos o reforço do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope)”. O traficante, de acordo com o delegado, chegou a ser levado para o Hospital Souza Aguiar, mas já chegou morto. Para evitar qualquer reação pela morte de Gangan ou tentativas de invasão por parte de outros traficantes para tomar os pontos-de-venda de drogas, os morros da Mineira e de São Carlos serão ocupados por homens da Polícia Militar. “A morte de Gangan encerra um capítulo do crime no Rio de Janeiro. Na hegemonia do crime ele era o mais procurado na cidade, porque tentava aumentar o domínio do tráfico, nos Morros da Mineira, São Carlos e Rocinha. Era um traficante sanguinário”, disse Lins. Além de chefiar o tráfico no complexo de favelas do São Carlos, no Estácio, o bandido agia em outras comunidades, como a Serrinha, em Madureira, e o Morro do Estado, em Niterói. Desde abril, ele era o principal fornecedor de entorpecentes da Rocinha, na zona sul. “Ele era uma prioridade por causa da ascensão que tinha dentro do tráfico de drogas no Rio. Ele tinha uma articulação com vários morros. A morte dele desarticula essa organização dentro da facção”, disse Lins.